terça-feira, 31 de agosto de 2010

Sobre rachaduras em shoppings

Pode parecer exagero ou alarde à toa da minha parte, mas o aparecimento de rachaduras no Manauara Shopping, por mínimas que sejam, são para mim um alerta de que algo está errado com aquela estrutura. Logo após a inauguração daquele estabelecimento, correu um papo de que o teto de uma das lojas teria caido parcialmente. O ponto teria sido coberto com tapumes e a história, abafada, segundo eu soube (o nome da loja não me recordo, mas quando eu lembrar eu juro que dou nome aos bois).
O Manauara é lindo, não há que se negar. Mas você andar em um lugar desses e tropeçar sem mais nem menos em pequenos "quebra molas", ver um fio de rachadura de uma ponta a outra de um corredor e sentir em determinados momentos que está em uma ladeira para mim são indícios suficientes para que eu evite ao máximo andar por ali. Os cinemas, que ficam no subsolo, então, nem pensar!
Quando comecei a colocar essas observações no Twitter, muitos concordaram comigo e, curiosamente, ontem outras pessoas comentaram uma história sobre tapumes colocados no local recentemente. Sei que há os que acham que possivelmente estou disseminando pânico infundado. Pois bem, espero que seja isso mesmo, no fundo. Não entendo nada de engenharia, mas nem por isso posso confiar na segurança daquela estrutura se todos sabem que a inauguração foi meio que às pressas.
Há vários anos (na década de 1990, ainda, acredito), um shopping center na Ásia (creio que em Bangkok), com cinco andares, apresentou problemas semelhantes e ficou por isso mesmo. O resultado: um belo dia o prédio desabou, matando centenas de pessoas. A história gerou um documentário exibido eventualmente pelo canal Discovery. Que Deus não permita que algo assim aconteça por aqui. Que fique o alerta...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Quem vota no Tiririca? (ou o Febeapá do século 21)

Não assisti, até agora, ao horário eleitoral gratuito na televisão, muito menos ouvi pela rádio, mas graças à internet e suas redes sociais estou sabendo dos absurdos que assolam nosso país nesta época de vale tudo para conseguir botar a boca na teta (sim, perdoem-me os políticos sérios, mas boa parte dos candidatos procura é vida boa sem responsabilidade, bons ganhos sem esforço e possibilidades de encher o bolso com mais facilidade).
Meu Deus, alguém me responda: para que diabos Tiririca, Mulher Melancia, Mulher Pêra e afins disputam essas eleições?? Stanislaw Ponte Preta ficaria feliz em fazer troça de tal situação, um Febeapá do século 21, porque nesse caso é melhor rir que chorar. Ou não?
Para rir, basta ver quem são os candidatos e seus "pedigrees" políticos, sem comentar nada mais para isso. A hora do choro chega quando imaginamos que alguém nessa imensidão brasiliana juramentada onde tem lugar para o lixo cultural ainda leva a sério tais criaturas que irão contribuir para aumentar a zona que já é nosso cenário político.
Existem, sim, tais pessoas! Em uma terra onde o Big Brother vira debate nacional e o funk faz estrondoso sucesso com suas letras racistas, homófobas, machistas, imbecis e outros adjetivos nada nobres, de se espantar seria se tal não acontecesse!
Voto de protesto? Sem essa! Não é por isso que se vai deixar de levar ladrões ao poder para colocar incompetentes que poderão fazer coisa pior!
Todo brasileiro tem direito de votar e ser votado, claro, mas vamos ter o (bom) senso do ridículo. Ou você acha que os nobres candidatos enumerados aqui (só para citar alguns) têm propostas para valer (entenda-se que não sejam aquelas que se tornaram clichês na velha verborragia eleitoreira)?

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Antes que fosse tarde demais...

Ainda hoje há amigos de longa data que questionam os motivos pelos quais parei de beber e fumar. Eu, fumante inveterado há 23 anos, com várias tentativas de parar, iniciativas essas que duravam no máximo um mês. As bebedeiras eram todos os finais de semana, às vezes durante a semana, e uma grade de cerveja era pouco.
Agora, cigarro não me faz falta há quase cinco meses. Larguei a cerveja. O meu consumo alcoólico se limita a, no máximo, 4 garrafas de Ice Skarloff (perigosamente deliciosa), sendo mais ou menos uma por hora. Ou seja, uma vida mais regrada, com a cabeça no lugar.
Tem gente que enche meu saco, achando que sabem porque tive essa mudança tão radical. Não tem como saberem, pois não passaram pelos tormentos espirituais que tive nos últimos três anos. Depressões constantes, faltas de perspectivas que sumiam momentaneamente na fumaça que eu aspirava e no álcool que me adormecia. E a visão do meu pai definhando por causa do Alzheimmer e do AVC agravou meu quadro. Um dia, me vi aos prantos, com pensamentos terríveis que só havia tido três anos antes, quando minha vida pessoal estava muito afetada, bem como a profissional. Naquela ocasião, tive uma perda muito difícil e senti como nunca havia sentido antes na pele o que era ser vítima da ambição e da falta de caráter de pessoas do meio jornalístico.
A decisão de parar de vez surgiu quando vi um rosto deformado de alguém que estava para se tornar alcóolatra depressivo. Eu me assustei. Foi quando comecei a querer mudar. Pessoas especiais ficaram - e estão até hoje - do meu lado. A uma em especial eu sou muito grato, pois foi de uma grande ajuda nessa saída do abismo, uma parceria fantástica. Não fosse isso, a morte do meu pai teria me destruido, com certeza. E o pior poderia acontecer, talvez.
Não sei mais o que é ressaca violenta ou depressão. Consigo me divertir como antes, bagunçando, rindo, contando piada ou falando besteira sem estar bambo das pernas como antes. Agora vejo que de fato não preciso estar alcoolizado ao extremo para estar bem.
Nem pretendo ser moralista com quem bebe ou fuma. Temos nossas escolhas. Cada um pesa seu lado da balança. Afinal, as consequências do vício são muito relativas. Tem gente que fumou a vida toda e morreu com mais de 100 anos, sem um traço de câncer ou complicações. Do mesmo modo, pessoas que nunca tiveram contato com cigarro desenvolveram a doença. Mas eu não quis me arriscar. Não estou livre dos riscos, claro, pois duas décadas de cigarro não são como dois dias, duas horas ou apenas duas semanas. Sei que irei colher o que plantei. Mas o meu plantio está encerrado. Fiz isso antes que fosse tarde demais...

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A face obscura da Claro Banda Larga

Como prometi, descobri a tramoia da Claro Banda Larga. A operadora considerou os valores cobrados do meu amigo como corretos (R$ 59 pela navegação e R$ 160 pelos serviços adicionais - no caso, a meu entender, chats do MSN, download e upload de arquivos e videos). Ou seja, vc é ludibriado para ser extorquido, praticamente. Alerto a todos que não caiam no conto da Claro Banda Larga, que é uma tremenda mentira para aumentar a carteira de clientes e claramente (irônico isso, né?) aterrorizá-los com cobranças escabrosas. A não ser que vc se contente apenas em navegar as páginas, contrate um plano de internet dessa empresa obscura (mais uma ironia). Já me deram um "bizu" de que clientes insatisfeitos podem cancelar contratos sem pagamento de multa, tudo amparado por lei. É o que se aplica nesse caso. Não aconteceu comigo, mas vai acontecer, porque também descobri que o meu acesso ilimitado por R$ 59,90 mensais só vai durar por um ano (até janeiro de 2011), e depois passo ao time dos ludibriados pela operadora. Então, já quero saber que providências irei tomar em breve. NÃO CAIAM NO CONTO DA CLARO INTERNET! É ROUBADA!!!!!
O problema, agora, é achar uma internet justa e rápida, algo tão fácil de encontrar em Manaus quanto chifre em cabeça de cachorro. A NET é alvo constante de reclamações, divulgadas no Twitter, Facebook e outras redes similares, inclusive merecendo uma comunidade nada amigável no Orkut. Sobre a Claro já opinei, imagino que as outras operadoras usem o mesmo truque (a TIM nem funciona, para falar a verdade). Ainda não conheço a Via Embratel, mas vou me informar. Se não houver alternativas, o jeito é voltar para o acesso discado - confesso que, no tempo em que o utilizei, aborrecimento era uma coisa rara, ao contrário de agora, e os planos disponibilizados pela operadora permitiam acesso ilimitado, podendo baixar o que bem entendesse por um valor fixo mensal. O problema é a linha ocupada...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Os 10 Nãos que vc precisa saber na hora de votar

Publicado em "Não, Senhor!"

Por que somos tão imundos?

O ser humano é imundo, porcalhão, nojento, seboso, uma praga. Eu sou ser humano, mas não sou tão porcalhão, como certamente nem todos que lerem esta postagem o são também.
Não jogo garrafas de plástico no chão, nem papel, nem picho paredes, muito menos arrebento lixeiras ou atiro santinhos em via pública, nem mesmo gesso ou pedaços de pau, mas 99% da espécie o faz. Por quê?
Está aí uma pergunta difícil de responder. Não sei se o povo acha que ser ecologicamente correto é burrice. Afinal, existem garis, pessoas responsáveis pela limpeza pública, então, para que ter todo esse exaustivo trabalho de procurar a lixeira mais próxima se tem um peão que varre a sujeira. Santa estupidez! Então somos lulus de madame, que deixam seus restos imprestáveis para a digestão (a famosa merda de cachorro, mesmo) pelo caminho, enquanto a dondoca se abaixa para catar a sujeira para se livrar dela adequadamente depois? Somos comparáveis a cachorros, que luxo!
Quer ver um exemplo de imundície? Perto de casa há um beco onde existe uma área abandonada. O povo de lá joga garrafas PETs e latas de cerveja quando fazem alguma fuzarca no terreno. E fica por isso mesmo. Nessas eleições que veremos de fato os sebosos tomando conta da cidade. Um amigo meu contou que na rua dele apareceram centenas de santinhos do candidato Professor Maneca, que se diz 100% Ficha Limpa. Será que ele sabe que há porcos trabalhando para ele? Chame a atenção de um deles e você só falta apanhar. E nem sempre são pessoas pobres e sem formação.
Há alguns anos eu voltava do campus da Ufam, onde trabalhava e estudava Jornalismo, e no ponto de ônibus vi um sujeito terminar de beber água e simplesmente atirar a garrafinha no meio da avenida André Araújo. E havia uma lixeira perto dele. Essa imagem dissociou pobreza e falta de cultura com imundície. Sério, ser pobre não significa ser seboso. Do mesmo modo, ser analfabeto ou com pouca formação educacional também não tem relação com ser imundo. É coisa de caráter, mesmo. O prazer pela imundície está na alma! Até político é porco, e se não o é, contrata quem é para trabalhar para ele e emporcalhar a cidade!
Sou ecochato, com orgulho. Faço minha parte para não arrebentar com nosso planeta. Não me sinto idiota por fazer parte do 1% que se preocupa com o meio ambiente. Gostaria que houvesse uma política local mais séria para isso. Há quem se esforce, mas sem muito sucesso. No entanto, estou aí, firme e forte. O planeta é meu lar. Infelizmente, tenho que aguentar a pobreza de espírito dos sebosos, pois vi que eles não têm mais jeito... Às vezes, penso como aquele maluco do filme “Os doze macacos”, que espalhou um vírus pelo planeta que exterminou quase toda a humanidade, já que ela não fazia (corrijo: não faz) jus à beleza que Deus lhe deu. Mas é só ficção. Uma pena...

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

LUDMILA ROHR: Morremos um pouco nessa hora....

Vale a pena compartilhar este belo post com todos!
LUDMILA ROHR: Morremos um pouco nessa hora....: "Uma mulher foi assassinada. Ela foi assassinada por alguém famoso. Ela só ficou famosa, por causa disso. 10 mulheres são assassinadas todos ..."

O lado bom de ser jornalista é ouvir os fuxicos...

Audiência no TRT. Segunda, 9 de agosto, 7h40, e estou no fórum da avenida Djalma Batista. Como testemunha, ali estou eu esperando ser chamado na sala do juiz. Nada. As horas passam, e até ser anunciado, às 10h30, o adiamento da audiência para setembro, já estou por dentro de tudo o que rola nas redações. Estou afastado desse mundo de loucura desde março, sentindo um pouco de falta do agito mas feliz por ter melhor qualidade de vida (claro, porque estresse de redação somado ao péssimo caráter do dono da empresa tem como resultado, no mínimo, um AVC), e, sem fazer força, já fico sabendo principalmente das mutretas que rolam nesse meio.
Reencontro os colegas da época, que já vão desfiando o rosário: tem aquele jornalista que faz a linha "Haroldo, o hétero" (lembram-se do personagem do Chico Anysio?), o empresário que lava dinheiro e ainda por cima é pedófilo, o editor que puxa o tapete dos outros, além do já tão esticado saco do patrão, as trocas de acusações pelos blogs que só irão esquentar nos próximos dias....
Jornalismo amazonense é isso aí. Profissionais de verdade são poucos. Convivi com muitos desses e, infelizmente, dividi as redações com a banda podre. Em qualquer profissão isso existe, claro, mas no meio jornalístico é pior, creio que por causa dos egos em disputa. Mas isso é outra história, e já até fiz um post sobre o assunto...
Enfim, o divertido de ficar de fora das redações é ver que, queira ou não queira, a fuxicada chega até você. O bom é ficar incólume no meio de tantos tiros, somente ouvindo, sem ser obrigado a tomar posição, apesar de muitas vezes essa vontade pintar (sim, quem que não pensou em detonar os pseudoprofissionais que atire a primeira pedra). Mas, estou em outra agora. Por isso, os brancos que se entendam!

Ah, um atendimento de qualidade...!

Parece que bato na mesma tecla, mas é preciso expor esse tipo de situação, pois afinal somos consumidores e devo botar para quebrar quando o assunto é atendimento, já que, como diz Lady Kate, "tô pagando!".
O Caranguejo Drink's, na praça do Eldorado, sempre foi um dos meus pontos preferidos para noitadas. Ontem, deu vontade de comer uma carne de sol que só eles sabem fazer. Chegamos lá, demos com a primeira chatice: o local não estava cheio, mas mesmo assim os garçons ficaram patetando pelos cantos. Quando um garçom apareceu, meu amigo se queixou, dizendo que achava que não iríamos ser atendidos e que mais um pouco iríamos embora. O camarada simplesmente jogou o cardápio sobre a mesa e virou a cara para a televisão. Assim, sem nenhum "boa noite" ou pedido de desculpas pela demora, como em todo bom estabelecimento aconteceria. Não contamos conversa: levantamos e fomos embora.
Não muito longe dali, o Altas Horas foi nossa opção. A Flavia, nossa garçonete preferida, nos atendeu muito bem. Ali a história é outra! E já tive problemas com atendimento no Altas Horas, mas logo o proprietário caiu na real e mudou para melhor!
Não consigo entender, sinceramente... Será que em uma cidade que será subsede da Copa em 2014 os empresários desse ramo estão esperando para preparar de fato seus funcionários para um melhor atendimento quando faltar somente um mês para o início dos jogos? Imagino como serão tratados os turistas, já que o próprio povo da terra é tratado com esse descaso. Quem viver, verá!

Se essa rua fosse minha...




Imagine a seguinte situação: você está voltando para sua casa em um dia quentíssimo, por volta de meio dia em um final de semana, após fazer algumas compras para, logo em seguida, deixá-las em sua residência e sair novamente para um compromisso. Você mora em um beco estreito, de repente, a alguns metros de sua casa, percebe que tem um veiculo parado no já pouco espaçoso bequinho. Após umas buzinadas, você é informado que o proprietário do dito carro o largou ali e saiu - "diz-que" - para almoçar. Não há como passar, conforme vocês podem ver na foto deste post. Não há outra entrada, pois o carro ficou parado exatamente na esquina do outro acesso.


Cinquenta minutos depois de você ficar dentro do seu veiculo, praticamente cozinhando, impaciente, faminto e muito puto, lógico, aparece o cidadão, gesticulando, indicando irritação, se achando cheio da razão. A situação é resolvida, mesmo com estresse. Detalhe: o péssimo e inconsequente motorista é surdo mudo!


Parece piada, mas isso aconteceu e eu testemunhei tal fato no último sábado, véspera do Dia dos Pais, em um beco do Morro da Liberdade. Fora o lado tragicômico, é uma pequena mostra da falta de respeito de muitos motoristas. No referido beco, já vi outras situações incríveis: via fechada para pintura do asfalto na época da Copa (que rendeu umas duas ou três confusões que precisaram da intervenção policial), gente que bota cadeiras no meio da rua (o engraçado é que se formava uma multidão para assistir jogo em uma TV de parcas 20 polegadas), estacionam de qualquer jeito empatando o trânsito... Reclame pelo seu direito de ir e vir (pois, que se saiba, ninguém pode fechar ruas indiscriminadamente sem autorização do órgão competente) e você vai levar um gesto obsceno ou, no máximo, vai precisar ligar para o 190.


Sério, nem a imortal Mônica, do Maurício de Sousa, seria tão arrogante querendo ser dona da rua. São tantas barbaridades que se repetem em cada rua de Manaus que chegam a assustar. Gente que estaciona em garagens, deixa o carro praticamente no meio da rua e ainda se acha na razão. Houve uma vez que uma cidadã, ali mesmo nas proximidades do local do episódio do surdo mudo abusado, chegou a justificar o fechamento da rua com a seguinte frase: "Estamos em uma democracia". Eu deveria ter perguntado se ela sabia o que era essa palavra tão bonita mas tão vazia. O entrevero foi solucionado com a intervenção da polícia, que mandou reabrirem a rua por não haver autorização para fechá-la.


Isso foi há pouco tempo e ainda vai acontecer mais e mais vezes, em muitos lugares de Manaus, porque infelizmente, a democracia da tal cidadã só existe para quem quer ser dono de rua. Como se isso fosse possível. Botar a boca no trombone e chamar a polícia é a única maneira de você garantir seu direito de ir e vir em lugares onde convivem pessoas sem respeito pelos outros. Assim é e, pelo visto, sempre será por um longo tempo.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Lista de livros para venda - parte 1

O link do título tem a primeira lista de meus livros à venda - de R$ 5 a R$ 10. Os já vendidos não foram, logicamente, incluidos. Os reservados mas não procurados estão na lista.

domingo, 1 de agosto de 2010

E o patrimônio público, coitado...


Uma das melhores coisas que aconteceu a Manaus nos últimos anos, em minha opinião, foi a criação de espaços para o lazer da população, por obra e graça do Prosamim (que detonou boa parte daquelas imagens decrépitas da orla da cidade) e da própria prefeitura municipal. O meu predileto tem sido o Parque Jefferson Peres, no Centro, seguido do Parque do Mestre Chico (foto), onde fica a ponte Benjamin Constant, na avenida Sete de Setembro, na mesma área da cidade.
Mas ainda falta algo a esses parques: fora o Jefferson Peres, que é cercado e tem horário certo de funcionamento, o restante está sem muita segurança ou mesmo cuidados. O Parque Bittencourt, próximo ao Jefferson Peres, já tem luminárias sendo danificadas pelos vândalos. O Parque dos Bilhares, entre as avenidas Djalma Batista e Constantino Nery, na Chapada, já começa a ter ares de abandono (placas apagadas ou riscadas – rabiscar “Fulano esteve aqui” ou coisas afins é uma extrema babaquice, não importa a idade do seboso - e falta de iluminação, para citar alguns). E por aí vai...
No entanto, essa lista fica pior quando entra em cena aquela parcela da população que deve repetir no espaço público o tipo de atitude que costuma ter na santidade intocável de seu lar. Refiro-me a lixo jogado pelos cantos, principalmente. Em todos os parques e praças que costumo frequentar para caminhar ou bater aquele papo agradável o cenário é quase o mesmo: lixeiras vazias e copos, papeis e latas de bebidas jogados no passeio. Imagino que tais pessoas tenham um organizado e impecável chiqueiro onde vivem, ou então seu sangue corre excessivamente devagar, tal a preguiça para se deslocar a uma lixeira e fazer o que todo cidadão de bem e consciente da importância do espaço público faz. Mas, infelizmente, este último ainda é minoria, pois para os porcalhões o patrimônio público tem que ser cuidado pelas autoridades. “Já pagamos impostos para isso”, devem pensar em bom raciocínio jumento-cavalar, referindo-se à limpeza pública. Mas não pensam nisso quando o lixo que jogam estraga o visual dos espaços, gera uma visão negativa para quem visita nossa cidade e, ainda por cima, o detrito se junta a outros que, mais adiante, irão contribuir para entupir bueiros, derrubar casas e causas alagamentos – os quais certamente vão atingir, de uma forma ou outra, a vida do infeliz que, lá atrás, jogou a lata de bebida no chão do parque, por ter espírito de porco ou por estar entupido de vermes até a alma.
E ainda comemoramos a escolha de Manaus como subsede da Copa 2014. Analisando bem situações como a que acabei de brevemente expor ou outras que já postei no blog, arrependo-me amargamente de ter ficado feliz com essa “conquista” e de ter ido me juntar à multidão nas comemorações. Se isso não mudar até lá – o que, sendo extremamente realista, acho muito difícil -, acho que vou tirar licença de um ano e viajar para fora do País para não testemunhar o grande vexame a que seremos submetidos.

NUNCA, NEVER, JAMAIS compre da China!

Há alguns dias recebi e-mail do amigo Ildefonso Brelaz narrando um episódio constrangedor e estressante relacionado ao site Compre da China, do qual ele comprou um celular a preço bastante acessível (daqueles que têm TV e dois chips). O tal aparelho, depois de pago, nunca chegou, e ele não conseguiu até então contato com a empresa responsável (Fênix do Oriente Prestadora de Serviços Ltda.). No e-mail, ele alertava para que ninguém caísse no conto do vigário virtual.
Tal história, para mim, não é estranha, tanto que respondi para Ildefonso contando que o mesmo aconteceu com um outro amigo meu, José Luiz, que em novembro de 2009 comprou um aparelho similar por R$ 160, e quatro meses depois o aparelho não era entregue, apesar dos insistentes e estressantes contatos com a tal Compre da China (pelo menos nisso ficou o diferencial entre os dois casos). O resultado foi uma ação movida por ele no Juizado Especial Cível contra a empresa, cujo endereço foi localizado graças a – pasmem – inúmeras ações similares movidas por outros consumidores contra a dita companhia (se você tem algum interesse, desde já anote o endereço deles: rua da Palmas, 745, Jardim Panambi, CEP 13450-505, Santa Barbara D´Oeste, SP).
A primeira audiência de conciliação aconteceu em junho último. O resultado: nenhum. Muito pelo contrário, foi uma verdadeira comédia, pois as advogadas da Fênix/Compre da China propuseram ao Luiz uma compensação financeira na maravilhosa bagatela de... TCHAN, TCHAN, TCHAN, TCHANNNNNNNNNNN... R$ 320! Risível para uma ação que, vencida pelo meu amigo, lhe dará uma compensação de mais de R$ 10 mil. Pouco ainda para o aborrecimento e a falta de respeito dessa empresa para com os consumidores. De qualquer forma, não houve acordo – claro! – e a próxima audiência de julgamento será em setembro.
Então, fica aqui o alerta: NUNCA, NEVER, JAMAIS Compre da China! Se ainda assim você insistir, aprenda logo uns palavrões em chinês, porque vai precisar muito para extravasar a fúria que conseguirá, em prazo recorde, adquirir.

VIAGEM: Cabaceiras, PB (06/04/2024)

Pela terceira vez viajei à Paraíba nas férias - e a primeira vez com meu marido Érico -, e essa foi a oportunidade de realizar um sonho, alé...