quinta-feira, 12 de setembro de 2019

VIAGEM: De São Luís (MA) a Teresina (PI) em 13 dias - parte 2

Na manhã do dia 24 de agosto, o ônibus do transfer para Barreirinhas me apanhou no flat Bellagio. Foi minha despedida de São Luís, e eu já comecei a achar que o tempo ali não tinha sido suficiente para curtir as férias. Muita coisa bacana da noite ludovicense para ver, praias para aproveitar (não consegui tempo para me banhar em nenhuma!) e mais daquela energia positiva da cidade para captar. Mas, Barreirinhas e os Lençóis Maranhenses me esperavam, e essa lacuna ficou para uma próxima oportunidade (ano que vem, se o planejamento mostrar ser viável).

A viagem de ônibus durou aproximadamente quatro horas e meia, com uma parada de 20 minutos em um restaurante na rodovia para uso de banheiro, compra de lanches etc.Cheguei ao Hotel Rio Preguiças cerca de 14h30, e já fiquei maravilhado: quarto no terceiro andar e com varanda!!!! Nunca havia ficado em hospedagem com varanda, o que acho um privilégio para um viajante.




À esquerda na foto: os quatro andares do Hotel Rio Preguiças, onde fiquei hospedado. Uma excelente escolha!


A minha escolha pela hospedagem acabou sendo perfeita: o hotel também oferece passeios e com desconto para compra antecipada. Comprei de cara os pacotes que mais me interessavam para os Lençóis Maranhenses: Lagoa Azul, Lagoa Bonita e circuito Atins. E, de quebra, para tornar a viagem perfeita, acontecia na cidade o festival anual de jazz, o Lençóis Jazz and Blues Festival, realizado com apoio do governo do Maranhão e que já acontecera em São Luís no final de semana anterior. Melhor, impossível.






Barreirinhas é uma cidade pequena, aconchegante e bem bonitinha. A orla do rio Preguiça foi bem urbanizada e lá estava armado o palco do festival de jazz. Não achei os serviços caros, para falar a verdade, e a localização do hotel Rio Preguiças foi perfeita por estar próximo a restaurantes, lanchonetes (o melhor é o Hot Dog do Jânio, na rua Brasília), farmácias e agências bancárias. E ali o que não faltam são agências de turismo receptivo oferecendo passeios para os visitantes.

Meu primeiro dia ali foi, como sempre, de descanso e reconhecimento de área: saber onde eram os restaurantes que combinavam boa comida e preço acessível, como chegar às farmácias no caso de emergências, as lanchonetes menos badaladas (sim, sou desses que fogem de lugares de moda permanentemente lotados e cheios de gente metida a "descolados").

LENÇÓIS MARANHENSES

Dia 25, de manhã, a jardineira estava a postos em frente ao hotel para me buscar. Cabem dezesseis pessoas na carroceria, dependendo do tipo de veículo (nos menores cabem 12). Para chegar à Lagoa Azul, atravessamos o rio Preguiça em uma balsa, coisa de aproximadamente cinco minutos. Dali em diante, até chegar às dunas fantásticas que são apenas uma amostra da beleza ampla dos Lençóis, foram cerca de 30 minutos de ramais de areia, sacolejo e resistência (quem já foi a Jericoacoara está familiarizado com a sensação na ida de Jijoca até a vila).

Os veículos ficam todos em uma área determinada próximo às dunas, e dali pra frente começamos nossa aventura de subir dunas, entrar em várias lagoas lindas e de água bem geladinha. Até chegar à dita Lagoa Azul, passamos pela Lagoa do S e outras menores. Parecem a mesma coisa, mas não são. Cada uma tem um atrativo a mais quando se fotografa: o desenho das dunas, a forma das pessoas em relação ao ambiente como um todo (nos sentimos formiguinhas!), a profundidade dessas lagoas... E pensar que aquilo que víamos era apenas um milionésimo dos imensos Lençóis Maranhenses me deixava ainda mais encantado!!!!















Ficamos cerca de uma hora por ali, tempo suficiente para fotos magníficas daquela imensidão branca e azul, até o momento de retornar a Barreirinhas para o almoço e depois a ida à segunda parte do passeio, na Lagoa Bonita.

Aí que aconteceu o primeiro episódio chato da viagem. O guia deixou todos em um restaurante perto do local da saída da balsa do rio Preguiças, informando que às 14h20, no máximo, os veículos para o passeio da tarde passariam para apanhar os turistas. Almocei calmamente e esperei. Às 14h50 todos os turistas já haviam sido apanhados para os passeios, e eu continuava ali. Foi quando entrei em contato com o hotel e ficaram de ver o ocorrido.

Para resumir, fui esquecido, o guia da tarde disse ao gerente da agência que me procurou no restaurante (sendo que só me levantei por menos de um minuto apenas para ir ao banheiro, tendo avisado ao rapaz do restaurante para informar alguém que aparecesse à minha procura) e, muito chateado, voltei ao hotel, onde fui ressarcido após ouvir um pedido de desculpas (claro que ironizei: se o guia apareceu no restaurante, deve ter me procurado no telhado ou debaixo das mesas). Dos males, o menor (ou melhor, há males que vem para o bem): não conheci a Lagoa Bonita, mas pude descansar o joelho, que ficou bem inchado com subidas e descidas nas dunas no rumo da Lagoa Azul (fui diagnosticado com rompimento do menisco uma semana antes da viagem e terei que usar medicamentos até começar a fisioterapia).

No dia seguinte, 26, foi a vez de Atins, que fica a mais ou menos uma hora, uma hora e meia de Barreirinhas. É uma vila que lembra muito Jericoacoara, com ruas de areia, apesar de não ter aquela ostentação que agora caracteriza sua quase vizinha cearense. Ali o espetáculo se repete, com dunas e lagos, vento forte, uma imensidão belíssima a perder de vista!!!! Depois de uns 40 minutos, demos uma passada na foz do rio Preguiças, perto do encontro com o oceano Atlântico, ponto de encontro dos praticantes de kitsurf (que praticamente dominam todo o espaço, por isso não é indicado para banhistas), e dali fomos almoçar no Restaurante da Luzia, e, de lá, continuamos até a praia de Atins, deserta, para um banho de mar. Fim do passeio. Volta para Barreirinhas.











À noite, curti o festival de jazz. Muitas famílias participando, atrações sensacionais deixando a orla do Preguiças bem agitada. Foi minha despedida em alto estilo de Barreirinhas, lugar do qual sinto hoje uma saudade tão grande quanto de São Luís e a sensação de que poderia ter ficado mais tempo e aproveitado muito mais. No dia seguinte, a aventura continuaria com minha partida a Parnaíba, no Piauí, com transfer já fechado com a agência Taguatur Turismo (excelente serviço, diga-se de passagem). Mas isso ficará para a próxima parte!


Se você ficou interessado, seguem os contatos para essa viagem:

Hotel Rio Preguiças (hospedagem e passeios) - (98) 99190-1293 (ou pode procurar no site Booking.com)

Taguatur Turismo - (98) 98126-5666 (ou site taguaturonline.com.br)

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