Dos 30 dias de férias que terminam no próximo dia 5 de julho, 20 dediquei a conhecer as belezas do Nordeste, especificamente Ceará e Rio Grande do Norte. Experiência maravilhosa que veio em boa hora. Um resumo desses passeios magníficos coloquei em posts neste blog. As mais de 200 fotos estão disponiveis no meu Orkut.
Sempre há um lado negativo em tudo, claro. E o que posso classificar assim, que vi nos dois Estados, é o mesmo que vejo aqui no Amazonas e, com precisa certeza, em qualquer lugar deste maravilhoso Brasil. Infelizmente, em todos os cantos não há conscientização de muita gente com as belezas da Natureza. Nas praias dos litorais cearense e potiguar, há latas de cerveja jogadas, restos de cigarro, garrafas, sacos plásticos... resíduos de comportamento porco de quem acha que os recursos naturais nunca irão acabar um dia, mostras de criminosos ambientais. Tanto são pessoas do lugar quanto turistas. Não há como distinguir. Apenas que são seres humanos sem consideração com as maravilhas com que Deus nos presenteou.
Há esforços para corrigir isso em muitos lugares, porém muitas vezes em vão. Em Canoa Quebrada, por exemplo, e na Praia do Futuro, em Fortaleza, garis catam a sujeira deixada por bêbados e porcalhões. Mas todo dia tem mais e mais. Em Morro Branco, ainda no Ceará, encontramos sacos plásticos nas praias, trazidos pelo oceano. Nas falésias, há quem rabisque seu nome, estragando o trabalho da Natureza. Fora os preservativos usados, encontrados aqui e acolá.
Na praia de Ponta Negra, em Natal, o desgaste provocado pela movimentação de pessoas ameaça o Morro do Careca. Em outras praias, tanto do litoral sul quanto do norte, a situação é similar, a ponto de as autoridades haverem proibido a subida e descida de pessoas. Mesmo assim, em qualquer lugar foi possível ver um grupo de ignorantes contrariar a ordem. Quando sofrerem as consequências - ou seus filhos ou qualquer de sua geração por vir -, quero saber em quem vão querer jogar a culpa.
Para encerrar meus passeios com chave de ouro nessas férias, ao chegar a Manaus fui passar um dia nas cachoeiras de Presidente Figueiredo. Na corredeira do Urubuí, os mesmos rastros da estupidez: latas de cerveja, roupas íntimas, preservativos e outras porcarias jogadas pelo caminho. E os pobres garis catando, deixando até algumas coisas passarem desapercebidas. É o instinto humano da destruição sem motivos.
Notadamente em relação a Natal e Fortaleza, a parte crítica fica por conta das situações similares a Manaus - trânsito caótico (em Natal, na região oeste da cidade, principalmente), Centro abandonado, pichações em prédios públicos e particulares. Coisas normais de cidades que cresceram sem muito planejamento.
Agora posso voltar ao trabalho, merecidamente descansado e já estressado com a babaquice humana. E posso dar boas vindas ao estresse, aos vizinhos mal educados que colocam som alto como se fossem os donos do mundo, ao trânsito maluco, ao calor terrível de Manaus. Valeu mesmo a pena!