quarta-feira, 11 de agosto de 2010

LUDMILA ROHR: Morremos um pouco nessa hora....

Vale a pena compartilhar este belo post com todos!
LUDMILA ROHR: Morremos um pouco nessa hora....: "Uma mulher foi assassinada. Ela foi assassinada por alguém famoso. Ela só ficou famosa, por causa disso. 10 mulheres são assassinadas todos ..."

O lado bom de ser jornalista é ouvir os fuxicos...

Audiência no TRT. Segunda, 9 de agosto, 7h40, e estou no fórum da avenida Djalma Batista. Como testemunha, ali estou eu esperando ser chamado na sala do juiz. Nada. As horas passam, e até ser anunciado, às 10h30, o adiamento da audiência para setembro, já estou por dentro de tudo o que rola nas redações. Estou afastado desse mundo de loucura desde março, sentindo um pouco de falta do agito mas feliz por ter melhor qualidade de vida (claro, porque estresse de redação somado ao péssimo caráter do dono da empresa tem como resultado, no mínimo, um AVC), e, sem fazer força, já fico sabendo principalmente das mutretas que rolam nesse meio.
Reencontro os colegas da época, que já vão desfiando o rosário: tem aquele jornalista que faz a linha "Haroldo, o hétero" (lembram-se do personagem do Chico Anysio?), o empresário que lava dinheiro e ainda por cima é pedófilo, o editor que puxa o tapete dos outros, além do já tão esticado saco do patrão, as trocas de acusações pelos blogs que só irão esquentar nos próximos dias....
Jornalismo amazonense é isso aí. Profissionais de verdade são poucos. Convivi com muitos desses e, infelizmente, dividi as redações com a banda podre. Em qualquer profissão isso existe, claro, mas no meio jornalístico é pior, creio que por causa dos egos em disputa. Mas isso é outra história, e já até fiz um post sobre o assunto...
Enfim, o divertido de ficar de fora das redações é ver que, queira ou não queira, a fuxicada chega até você. O bom é ficar incólume no meio de tantos tiros, somente ouvindo, sem ser obrigado a tomar posição, apesar de muitas vezes essa vontade pintar (sim, quem que não pensou em detonar os pseudoprofissionais que atire a primeira pedra). Mas, estou em outra agora. Por isso, os brancos que se entendam!

Ah, um atendimento de qualidade...!

Parece que bato na mesma tecla, mas é preciso expor esse tipo de situação, pois afinal somos consumidores e devo botar para quebrar quando o assunto é atendimento, já que, como diz Lady Kate, "tô pagando!".
O Caranguejo Drink's, na praça do Eldorado, sempre foi um dos meus pontos preferidos para noitadas. Ontem, deu vontade de comer uma carne de sol que só eles sabem fazer. Chegamos lá, demos com a primeira chatice: o local não estava cheio, mas mesmo assim os garçons ficaram patetando pelos cantos. Quando um garçom apareceu, meu amigo se queixou, dizendo que achava que não iríamos ser atendidos e que mais um pouco iríamos embora. O camarada simplesmente jogou o cardápio sobre a mesa e virou a cara para a televisão. Assim, sem nenhum "boa noite" ou pedido de desculpas pela demora, como em todo bom estabelecimento aconteceria. Não contamos conversa: levantamos e fomos embora.
Não muito longe dali, o Altas Horas foi nossa opção. A Flavia, nossa garçonete preferida, nos atendeu muito bem. Ali a história é outra! E já tive problemas com atendimento no Altas Horas, mas logo o proprietário caiu na real e mudou para melhor!
Não consigo entender, sinceramente... Será que em uma cidade que será subsede da Copa em 2014 os empresários desse ramo estão esperando para preparar de fato seus funcionários para um melhor atendimento quando faltar somente um mês para o início dos jogos? Imagino como serão tratados os turistas, já que o próprio povo da terra é tratado com esse descaso. Quem viver, verá!

Se essa rua fosse minha...




Imagine a seguinte situação: você está voltando para sua casa em um dia quentíssimo, por volta de meio dia em um final de semana, após fazer algumas compras para, logo em seguida, deixá-las em sua residência e sair novamente para um compromisso. Você mora em um beco estreito, de repente, a alguns metros de sua casa, percebe que tem um veiculo parado no já pouco espaçoso bequinho. Após umas buzinadas, você é informado que o proprietário do dito carro o largou ali e saiu - "diz-que" - para almoçar. Não há como passar, conforme vocês podem ver na foto deste post. Não há outra entrada, pois o carro ficou parado exatamente na esquina do outro acesso.


Cinquenta minutos depois de você ficar dentro do seu veiculo, praticamente cozinhando, impaciente, faminto e muito puto, lógico, aparece o cidadão, gesticulando, indicando irritação, se achando cheio da razão. A situação é resolvida, mesmo com estresse. Detalhe: o péssimo e inconsequente motorista é surdo mudo!


Parece piada, mas isso aconteceu e eu testemunhei tal fato no último sábado, véspera do Dia dos Pais, em um beco do Morro da Liberdade. Fora o lado tragicômico, é uma pequena mostra da falta de respeito de muitos motoristas. No referido beco, já vi outras situações incríveis: via fechada para pintura do asfalto na época da Copa (que rendeu umas duas ou três confusões que precisaram da intervenção policial), gente que bota cadeiras no meio da rua (o engraçado é que se formava uma multidão para assistir jogo em uma TV de parcas 20 polegadas), estacionam de qualquer jeito empatando o trânsito... Reclame pelo seu direito de ir e vir (pois, que se saiba, ninguém pode fechar ruas indiscriminadamente sem autorização do órgão competente) e você vai levar um gesto obsceno ou, no máximo, vai precisar ligar para o 190.


Sério, nem a imortal Mônica, do Maurício de Sousa, seria tão arrogante querendo ser dona da rua. São tantas barbaridades que se repetem em cada rua de Manaus que chegam a assustar. Gente que estaciona em garagens, deixa o carro praticamente no meio da rua e ainda se acha na razão. Houve uma vez que uma cidadã, ali mesmo nas proximidades do local do episódio do surdo mudo abusado, chegou a justificar o fechamento da rua com a seguinte frase: "Estamos em uma democracia". Eu deveria ter perguntado se ela sabia o que era essa palavra tão bonita mas tão vazia. O entrevero foi solucionado com a intervenção da polícia, que mandou reabrirem a rua por não haver autorização para fechá-la.


Isso foi há pouco tempo e ainda vai acontecer mais e mais vezes, em muitos lugares de Manaus, porque infelizmente, a democracia da tal cidadã só existe para quem quer ser dono de rua. Como se isso fosse possível. Botar a boca no trombone e chamar a polícia é a única maneira de você garantir seu direito de ir e vir em lugares onde convivem pessoas sem respeito pelos outros. Assim é e, pelo visto, sempre será por um longo tempo.

VIAGEM: Cabaceiras, PB (06/04/2024)

Pela terceira vez viajei à Paraíba nas férias - e a primeira vez com meu marido Érico -, e essa foi a oportunidade de realizar um sonho, alé...