quinta-feira, 24 de março de 2011

Novo round com a Claro

Hoje foi um dia daqueles! Aliás, a desgraça começou ainda ontem, quando descobri que meu celular Claro estava bloqueado para realizar chamadas. Há dias, a toda ligação efetuada, eu era obrigado a ouvir aquela mensagem irritante "Prezado cliente: ainda não identificamos o pagamento de sua última fatura..." e por ai vai. Detalhe: eu estava com a fatura de fevereiro em aberto, mas a nova fatura, que vence dia 28 de março, inclui o valor devido. Outro detalhe: essa fatura a vencer já foi paga no dia 15 de março!

Se eu paguei a fatura (vocês não imaginam o quanto me controlei para escrever um belo e cabeludo palavrão aqui, tal a fúria...), então por que a Claro bloqueou meu celular? Tentei ontem contato pelo 1052 e nada. À noite o atendente me disse que havia três faturas em aberto do ano passado, vencidas em outubro, novembro e dezembro. Mas os tais débitos já haviam sido negociados e as parcelas estavam sendo pagas normalmente nas faturas, expliquei. Ele pediu-me para retornar hoje pela manhã para verificar a situação com o setor financeiro.

Aí a bomba estourou. Fiquei com tanta raiva que praguejei contra a pobre da atendente (que, coitada, deve receber uma nicharia para ouvir desaforos de clientes revoltados) e bati o telefone na cara dela, trêmulo de fúria, após avisar que iria resolver aquilo e depois iria cancelar a porra da linha (assim mesmo, com o palavrão que não pude evitar). Ela simplesmente me disse que, por eu não haver pago a fatura no mês passado, foi caracterizada a quebra do acordo. "Mas se foi isso, por que a terceira parcela apareceu na fatura? De qualquer modo paguei as duas agora", questionei, já sentindo o sangue fervendo (lógico, se houvesse quebra de acordo nem a segunda nem a terceira parcela deveriam aparecer e a empresa deveria me comunicar formalmente, o que não ocorreu). "Mas ainda é quebra do acordo", disse a voz a milhares de quilômetros pela linha telefônica. Foi então que perdi a calma, gritei meus suaves palavreados e desliguei antes que meu coração parasse repentinamente.

Agora, vejamos: fiz um acordo para parcelar o valor em aberto. Por razões diversas, não paguei a fatura de fevereiro, onde vinha relacionada a segunda parcela. A fatura de março chegou acumulando as duas contas, e nela ainda veio relacionada a terceira parcela. Quando paguei, no último dia 15, meu celular já estava bloqueado, mas dias depois voltou ao normal. De repente, bloqueado de novo e a atendente me diz que as três contas negociadas e em teoria já pagas (pois estavam relacionadas no montante pago) permaneciam em aberto. Pelo que entendi, teria que pagar tudo de novo. Isso é o quê? Extorsão, má fé ou qual tipo de pilantragem dessa operadora, que não se dá por satisfeita em vender planos de internet mentirosos?

Depois que esfriei a cabeça, fiz questão de mandar um e-mail para a operadora (para não perder de novo a paciência com os pobres coitados que eles empregam) contando a situação e avisando que iria resolver essa questão judicialmente e iria querer ainda o cancelamento imediato da linha. Meu dinheiro eles não terão mais. Estou pensando até em portabilidade para a Oi - a única que não possuo - para preservar o número, mas agora pré-pago. A linha da Vivo, que eu pretendia cancelar no próximo mês, pelo jeito vai continuar ativa como pós-paga. Agora, a Claro que se recolha às trevas da sua sacanagem.

Enquanto isso, estou juntando os documentos necessários para entrar com uma ação nas Pequenas Causas. Se eu descobrir que botaram meu nome no SPC/Serasa, aí vai ser AQUELA ação!

O fascinante e curioso universo da canalhice

Jornalista Márcio Vieira lança no próximo dia 9 de abril seu livro "Teoria do Canalha", na Livraria  Valer

Por César Augusto

A infidelidade masculina tanto é criticada quanto incompreendida. É essa compreensão que o jornalista Márcio Vieira, 32, buscou ao escrever "Teoria do Canalha" (editora Valer, 81 páginas, R$ 10), a ser lançado na livraria Valer - rua Ramos Ferreira, 1195, Centro - no próximo dia 9 de abril, às 10h.

Apesar dos arrepios que o adjetivo pode causar no sexo frágil (?), não se trata de um guia ou uma obra que exalte a infidelidade do homem, como bem o frisou o autor. "É uma investigação cômico-filosófica que busca investigar os motivos e fundamentos de homens infiéis, identificados como canalhas, a partir de observações cotidianas", explica Márcio. "Busquei abordar o tema de uma forma teórica, procurando identificar os fatores que contribuem para a formação de um canalha e ainda tentando mostrar o ponto de vista desse grupo humano frequentemente criticado, mas raramente compreendido historicamente", afirma.

Foi na Psicologia que o jornalista buscou o seu referencial teórico e em autores como Michel Foucault ("História da Sexualidade") e Ana Beatriz Barbosa Silva ("Mentes Perigosas"), além de revistas especializadas e filmes.

Até o ponto final em "Teoria do Canalha", houve uma série de pesquisas iniciadas em 2006 e conversas diretamente com a "fonte" do tema. "Conheço muitos [canalhas], embora eu não seja um deles", adverte, aos risos. Foi na própria família que Vieira buscou a inspiração. "Meu pai tinha duas famílias e pelo menos três amantes que eu me lembro, quando era pequeno", conta. O pai de Márcio Vieira já faleceu, mas seus familiares aprovaram a ideia. "Minha mãe gostou bastante. Meus irmãos aprovaram a iniciativa, porém não se envolveram", conta.

O fato de um assunto de família gerar um tema de estudo poderia ser uma espécie de "exorcismo"? Para Vieira, talvez sim. "Sempre me intrigava o comportamento do meu pai. Por isso decidi estudar o assunto, porém procurei apresentar um livro ao alcance de todos", afirma. "Não se trata de um ensaio sobre psicologia. É um estudo mais secular, nada sofisticado, por isso também dou um tom de humor", acrescenta.

Como dificuldade nos aproximadamente quatro anos de elaboração da obra, Márcio Vieira cita apenas a falta de literatura sobre o assunto na forma no qual foi abordado. "Não se trata de um manual. É um ensaio, uma impressão sobre o fenômeno 'canalhista'", frisa. Resistências a um assunto assim? Claro, era de esperar quando se trata de infidelidade masculina, mas nada preocupante ou desestimulante. "Apesar de o tema suscitar um machismo inevitável, poucas mulheres não têm uma história para contar sobre seus desenganos e decepções sentimentais", aponta.

Aprofundamento
O envolvimento com um assunto de certa forma delicado aprofundou bastante o conhecimento de Márcio Vieira. "Vi que o comportamento do homem canalha heteroerótico envolve uma série de variáveis biológicas e culturais. Também percebi que muitas vezes nós, homens, somos muito cruéis e injustos com nossas companheiras. Temos que ter mais respeito pelas mulheres", declara.

"Teoria do Canalha" é o segundo livro de Márcio Vieira, mas o primeiro lançado no mercado. O primeiro, "Reston: o Mecenas do Empreendedorismo", de 2008, foi um resgate da história do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no Amazonas e de um de seus fundadores, o empresário e economista José Carlos Reston, e ficou restrita ao sistema Sebrae no Brasil.

Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e com passagens pelo jornal Diário do Amazonas e assessorias de imprensa diversas, Márcio Vieira é funcionário do Sebrae Amazonas desde 2007. Após a "Teoria...", está escrevendo um romance ambientado na periferia de Manaus, trabalho iniciado em 2006 mas agora em fase de conclusão. "Dei uma parada para fazer algumas pesquisas sobre violência urbana e li alguns livros reportagem para ter mais elementos de linguagem e simbólicos à disposição".

(Fotos: Divulgação)

VIAGEM: Cabaceiras, PB (06/04/2024)

Pela terceira vez viajei à Paraíba nas férias - e a primeira vez com meu marido Érico -, e essa foi a oportunidade de realizar um sonho, alé...