“As novas tecnologias digitais estão se tornando fundamentais para a vida dos consumidores, mas ainda não esclarecemos para nós mesmos, nossas famílias, comunidades e sociedades quais são os tipos apropriados de comportamento e expectativas”. A declaração é de Genevieve Bell, Intel Fellow e chefe de pesquisa em interação e experiência da Intel Labs. Seu ponto de vista tem base no resultado de uma pesquisa on line nos Estados Unidos sobre o atual estado da "Etiqueta Móvel" e o uso das novas tecnologias nos ambientes de aprendizado educacional.
“Nossos comportamentos apropriados com a tecnologia digital ainda são embrionários e por isso é muito importante para a Intel que toda a indústria continue dialogando sobre a maneira como as pessoas usam a tecnologia, e como os nossos relacionamentos pessoais com a tecnologia ajudam a definir normas sociais e culturais”, explicou Bell.
Os professores participantes admitiram ser imprescindível que eles se mantenham atualizados sobre o papel da tecnologia na vida dos estudantes. Praticamente todos os professores entrevistados, 94%, acreditam que a tecnologia, quando usada corretamente, melhora a experiência dos estudantes com a educação. Setenta e quatro por cento deles também concordam que, com o rápido ritmo da tecnologia, o aprendizado da etiqueta móvel está se tornando tão importante para as crianças quanto a matemática e as ciências.
A quase unanimidade veio quando os professores foram questionados sobre quem deve ser responsabilizado pela educação dos alunos: 96% deles disseram que são os pais que devem ensinar a seus filhos sobre a etiqueta móvel; 64% dos pais rebatem e dizem que as escolas devem solicitar que os estudantes assistam a aulas sobre como e quando a tecnologia deve ser usada.
Sem nenhuma surpresa, 84% dos professores desejam que seus alunos pratiquem uma melhor etiqueta na sala de aula. As “mancadas móveis” foram apontadas por 82% dos professores como: estudantes digitando mensagens de texto (62%); ligações atendidas durante as aulas (33%) e cola durante as provas (19%).
Os professores concordam que a tecnologia é muito bem vinda nas salas de aula, porém, parte da educação móvel precisa ser melhorada e adaptada.
Tecnologia x relacionamento - As crianças estão experimentando a tecnologia cada vez mais cedo. Um terço delas diz preferir ficar sem as férias de verão a estarem sem seus aparelhos portáteis de comunicação.
A pesquisa detectou que 19% das crianças americanas entre 8 e 12 anos possuem dois ou mais dispositivos móveis. Elas passam três horas na frente de um notebook e 1,9 horas com seu celular. Já os adolescentes usam 3,7 horas do dia com note e 2,9 horas, no celular.
Noventa e quatro por cento dos pais têm consciência de que precisam dar bons exemplos para que seus filhos pratiquem boas maneiras móveis, mas 95% das crianças já testemunharam seus pais cometendo “infrações móveis”, incluindo o uso de dispositivos móveis na estrada (59%), no jantar (46%) e durante um filme ou concerto (24%). Quase metade das crianças americanas (49%) alega não ver nada de errado em utilizar a tecnologia na mesa durante o jantar.
A mobilidade tem afetado a vida em família. Cerca de 40% dos pais admitem que passam muito tempo usando algum dispositivo na frente de seus filhos e 42% das crianças pensam que os pais precisam se desconectar mais quando estão em casa.
Mobilidade e a vida pública - Ao mesmo tempo em que a conectividade na ponta dos dedos ajuda as pessoas a serem mais produtivas, as maneiras com que elas usam essa tecnologia em público pode gerar frustração. Noventa e dois por cento dos entrevistados concordam que as pessoas deveriam ter mais respeito ao usar seus dispositivos móveis em áreas públicas. Praticamente, um entre cada cinco adultos (19%) admite o seu mau comportamento móvel, mas continua agindo da mesma maneira porque “todo mundo se comporta igual”. O mesmo número também admite checar seu dispositivo móvel antes mesmo de sair da cama pela manhã. A falta de educação no que diz respeito aos dispositivos móveis atinge 73% dos entrevistados, que usam seus dispositivos enquanto dirigem, 65% que falam alto em lugares públicos e 28% que os usam enquanto caminham pela rua desatentos.
Metodologia - A pesquisa sobre a “Etiqueta Móvel” foi realizada online dentro dos Estados Unidos pela Ipsos a pedido da Intel, entre os dias 10 de dezembro de 2010 e 5 de janeiro de 2011 entre uma amostragem nacionalmente representativa de 2.000 adultos dos EUA com idade igual ou superior a 18 anos. A margem de erro da amostragem total é de aproximadamente 2,2% com um nível de confiança de 95%. O estudo incluiu as seguintes audiências: 212 professores (margem de erro de cerca de 6,7%) e 286 pais de crianças com idade entre 8 e 17 anos (margem de erro em torno de 5,8%), estando disponível no endereço www.intel.com/newsroom/ mobileetiquette (em inglês).