domingo, 1 de agosto de 2010

E o patrimônio público, coitado...


Uma das melhores coisas que aconteceu a Manaus nos últimos anos, em minha opinião, foi a criação de espaços para o lazer da população, por obra e graça do Prosamim (que detonou boa parte daquelas imagens decrépitas da orla da cidade) e da própria prefeitura municipal. O meu predileto tem sido o Parque Jefferson Peres, no Centro, seguido do Parque do Mestre Chico (foto), onde fica a ponte Benjamin Constant, na avenida Sete de Setembro, na mesma área da cidade.
Mas ainda falta algo a esses parques: fora o Jefferson Peres, que é cercado e tem horário certo de funcionamento, o restante está sem muita segurança ou mesmo cuidados. O Parque Bittencourt, próximo ao Jefferson Peres, já tem luminárias sendo danificadas pelos vândalos. O Parque dos Bilhares, entre as avenidas Djalma Batista e Constantino Nery, na Chapada, já começa a ter ares de abandono (placas apagadas ou riscadas – rabiscar “Fulano esteve aqui” ou coisas afins é uma extrema babaquice, não importa a idade do seboso - e falta de iluminação, para citar alguns). E por aí vai...
No entanto, essa lista fica pior quando entra em cena aquela parcela da população que deve repetir no espaço público o tipo de atitude que costuma ter na santidade intocável de seu lar. Refiro-me a lixo jogado pelos cantos, principalmente. Em todos os parques e praças que costumo frequentar para caminhar ou bater aquele papo agradável o cenário é quase o mesmo: lixeiras vazias e copos, papeis e latas de bebidas jogados no passeio. Imagino que tais pessoas tenham um organizado e impecável chiqueiro onde vivem, ou então seu sangue corre excessivamente devagar, tal a preguiça para se deslocar a uma lixeira e fazer o que todo cidadão de bem e consciente da importância do espaço público faz. Mas, infelizmente, este último ainda é minoria, pois para os porcalhões o patrimônio público tem que ser cuidado pelas autoridades. “Já pagamos impostos para isso”, devem pensar em bom raciocínio jumento-cavalar, referindo-se à limpeza pública. Mas não pensam nisso quando o lixo que jogam estraga o visual dos espaços, gera uma visão negativa para quem visita nossa cidade e, ainda por cima, o detrito se junta a outros que, mais adiante, irão contribuir para entupir bueiros, derrubar casas e causas alagamentos – os quais certamente vão atingir, de uma forma ou outra, a vida do infeliz que, lá atrás, jogou a lata de bebida no chão do parque, por ter espírito de porco ou por estar entupido de vermes até a alma.
E ainda comemoramos a escolha de Manaus como subsede da Copa 2014. Analisando bem situações como a que acabei de brevemente expor ou outras que já postei no blog, arrependo-me amargamente de ter ficado feliz com essa “conquista” e de ter ido me juntar à multidão nas comemorações. Se isso não mudar até lá – o que, sendo extremamente realista, acho muito difícil -, acho que vou tirar licença de um ano e viajar para fora do País para não testemunhar o grande vexame a que seremos submetidos.

NUNCA, NEVER, JAMAIS compre da China!

Há alguns dias recebi e-mail do amigo Ildefonso Brelaz narrando um episódio constrangedor e estressante relacionado ao site Compre da China, do qual ele comprou um celular a preço bastante acessível (daqueles que têm TV e dois chips). O tal aparelho, depois de pago, nunca chegou, e ele não conseguiu até então contato com a empresa responsável (Fênix do Oriente Prestadora de Serviços Ltda.). No e-mail, ele alertava para que ninguém caísse no conto do vigário virtual.
Tal história, para mim, não é estranha, tanto que respondi para Ildefonso contando que o mesmo aconteceu com um outro amigo meu, José Luiz, que em novembro de 2009 comprou um aparelho similar por R$ 160, e quatro meses depois o aparelho não era entregue, apesar dos insistentes e estressantes contatos com a tal Compre da China (pelo menos nisso ficou o diferencial entre os dois casos). O resultado foi uma ação movida por ele no Juizado Especial Cível contra a empresa, cujo endereço foi localizado graças a – pasmem – inúmeras ações similares movidas por outros consumidores contra a dita companhia (se você tem algum interesse, desde já anote o endereço deles: rua da Palmas, 745, Jardim Panambi, CEP 13450-505, Santa Barbara D´Oeste, SP).
A primeira audiência de conciliação aconteceu em junho último. O resultado: nenhum. Muito pelo contrário, foi uma verdadeira comédia, pois as advogadas da Fênix/Compre da China propuseram ao Luiz uma compensação financeira na maravilhosa bagatela de... TCHAN, TCHAN, TCHAN, TCHANNNNNNNNNNN... R$ 320! Risível para uma ação que, vencida pelo meu amigo, lhe dará uma compensação de mais de R$ 10 mil. Pouco ainda para o aborrecimento e a falta de respeito dessa empresa para com os consumidores. De qualquer forma, não houve acordo – claro! – e a próxima audiência de julgamento será em setembro.
Então, fica aqui o alerta: NUNCA, NEVER, JAMAIS Compre da China! Se ainda assim você insistir, aprenda logo uns palavrões em chinês, porque vai precisar muito para extravasar a fúria que conseguirá, em prazo recorde, adquirir.

VIAGEM: Cabaceiras, PB (06/04/2024)

Pela terceira vez viajei à Paraíba nas férias - e a primeira vez com meu marido Érico -, e essa foi a oportunidade de realizar um sonho, alé...