terça-feira, 30 de junho de 2020

LIVROS: "Os sete", de André Vianco (2000)

A descoberta no fundo do mar de uma caravela portuguesa de 500 anos, por dois jovens mergulhadores no litoral da pequena cidade gaúcha de Amarração, revela uma estranha caixa de prata que, violada por estudiosos, traz também a descoberta de sete cadáveres. 

A revelação entusiasma pesquisadores, mas logo a animação vai se transformar em terror quando, um a um, os corpos retornam à vida como vampiros, cada um com um poder específico, deixando um rastro de mortes, medo e fenômenos bizarros, como o surgimento de zumbis e controle sobre o tempo. 

Um grupo de amigos - Tiago, César (descobridores da embarcação), Olavo e Eliana - tenta deter as criaturas que buscam voltar a Portugal, em uma aventura repleta de tensão, até um final angustiante e surpreendente! Livro muito envolvente, apesar de alguns momentos arrastados. É um ótimo exemplo da nossa literatura fantástica.

Nota 4.1/5 no Skoob (18/04/2020)

LIVROS: "O crime da Quinta Avenida", de Anna Katharine Green (1878)

Em Nova York, em 1876, o milionário Horatio Leavenworth é encontrado morto em sua biblioteca, baleado na cabeça. O advogado Everett Raymond, amigo da família, se une ao detetive Ebenezer Gryce para tentar desvendar o assassinato misterioso na mansão da Quinta Avenida, que pode ter sido motivado por motivos financeiros. Mas uma possível testemunha chave - ou suspeita - sumiu da casa na noite do crime, e essa caça traz à tona segredos envolvendo as duas jovens sobrinhas e herdeiras do sr. Leavenworth, complicando ainda mais a solução do crime. 

A autora é considerada a mãe dos romances policiais modernos e influenciadora de nomes como Agatha Christie e Artur Conan Doyle. Lançado em 1878, o livro chegou ao Brasil mais de um século depois graças à Monomito Editorial e sua iniciativa de financiamento coletivo, do qual eu orgulhosamente participei. 

Uma narrativa perfeita, vocabulário rico, uma trama intrigante que parece fácil de ser resolvida, mas a cada página, sobretudo nas últimas, temos reviravoltas e surpresas!!! 

Nota 3.9/5 no Skoob (12/06/2020)

LIVROS: "Treblinka", de Jean François Steiner (1967)

Em pouco mais de um ano de atividade a partir de julho de 1942, o campo de extermínio nazista de Treblinka, na Polônia, teve de 800 a 900 mil seres humanos assassinados nas suas câmaras de gás, a maioria esmagadora de judeus deportados dos guetos na execução da Solução Final. 

Quando o campo estava prestes a ser liquidado, ocasião em que os prisioneiros foram obrigados a exumar e incinerar os milhares de cadáveres das vítimas, um grupo iniciou uma revolta que deixou algumas centenas de sobreviventes que lograram escapar para as florestas, mas dos quais apenas 40 chegariam vivos ao final da guerra. 

É essa história que Steiner nos conta com base em entrevistas e pesquisas, trazendo a nosso conhecimento o funcionamento cotidiano de Treblinka, o desafio de sobreviver naquele inferno, os horrores testemunhados, a carnificina diária e a fantasia bizarra de um mundo novo que o comando do campo tentou criar, representado pelo falso relógio que marcava eternamente 3 horas na entrada do lugar. 

Steiner também nos revela toda a complexidade maligna dos "técnicos" da Solução Final em ludibriar e manipular suas vítimas nos guetos - o de Vilna é tomado como ilustração -, o uso dessa "fórmula" em Treblinka e como surgiram os primeiros lampejos da revolta, organizada aos poucos, assimilada por um comitê e adiada por várias ocasiões, até finalmente eclodir.

O romance de não ficção traz, por meio dos orquestradores da  revolta, fatos que rebatem a antiga crença de que os judeus se deixaram massacrar passivamente durante as perseguições nazistas. Em vez disso, situações dramáticas testemunhadas pelos prisioneiros que recebiam os comboios de deportados faziam brotar o sentimento de lutar para tentar sobreviver e levar a história do Holocausto ao mundo. 

Nota 4.5/5 no Skoob (26/06/2020).

VIAGEM: Cabaceiras, PB (06/04/2024)

Pela terceira vez viajei à Paraíba nas férias - e a primeira vez com meu marido Érico -, e essa foi a oportunidade de realizar um sonho, alé...