Cada época tem uma peculiaridade. Em se levando a frase ao pé da letra, é de se ter pena da atual geração. O exemplo recente das declarações infelizes do Thomas, um dos garotos emos do Restart, que atiçaram a fúria dos amazonenses ao chamar o Amazonas de Estado sem civilização, sendo legal para o grupo fazer um show "no meio do mato", é uma prova disso. Obviamente o garoto não quis ofender abertamente os amazonenses, mas sua ignorância é digna, sim, de gerar revolta (o vídeo ainda está no Youtube, quem não viu pode acessar por esse link: http://www.youtube.com/watch?v=P6nPwb_L33c&lc=iP-9bRu0b7dPjmfjzaYIXp27o_M8FX3P8SQeCZR1WxY&lcf=cs).
Eu me pergunto que tipo de vida esses garotos levam (sim, porque no grupo devem ser homogêneos. Se houvesse alguém com um percentual ligeiramente superior de inteligência, certamente teria corrigido o Thomas). Talvez pensem que terão sucesso para sempre, com suas roupas de cores berrantes e visual bizarro (as cocotinhas acham o máximo, mas gosto não se discute; lamenta-se), agraciados pela eterna juventude. Por isso não valorizaram os estudos. Daqui a pouco estão se juntado ao cordão de ignorantes que também não sabem onde fica o Acre e acham que o Nordeste e o Norte deveriam ser separados do resto do Brasil.
A banalização da burrice é triste. Nas redes sociais, ao lado de quem xinga os rapazes pela sua ignorância ofensiva, há aqueles defensores sem argumentos, motivados somente pela beleza(?) da rapaziada. Para eles, o sucesso instantâneo importa, a formação cultural fica em sabe-se-lá-qual-plano. Por isso, hoje em dia, não ouço mais música atual, salvo pouquíssimas exceções. Fico com Legião Urbana, Paralamas, Blitz e outros grupos que souberam fazer música divertida, satírica e crítica sem serem ignorantes. Seus integrantes estão imortalizados. Os outros... quem são os outros?
O que me conforta é que o Restart, a exemplo de tantos outros grupos medíocres atiçadores da febre hormonal adolescente, vai desaparecer, da forma como os modismos medíocres tendem a deixar de existir. Pena que o estrago estará feito na mente de milhões, talvez irreversível. Mas, em terra que se idolatra o Big Brother e o funk de letras de gosto duvidoso, o Restart, infelizmente, ainda é rei, até passar o cetro da ignorância para seu sucessor. Que Deus nos ajude...