sexta-feira, 31 de maio de 2024

VIAGEM: Cabaceiras, PB (06/04/2024)


Pela terceira vez viajei à Paraíba nas férias - e a primeira vez com meu marido Érico -, e essa foi a oportunidade de realizar um sonho, além de voltar aos lugares mais lindos do Nordeste e a uma terra que cogito ser meu futuro lar após a aposentadoria, dentro de pouco menos de nove anos: conhecer a Roliúde Nordestina, Cabaceiras, a cerca de três horas e meia de carro de João Pessoa.

A pequena Cabaceiras se tornou famosa por ser locação de várias produções do cinema nacional, sendo a mais notável "O auto da compadecida" (2000). Ela tem aquele colorido charmoso em meio à simplicidade, o clima pacato e o típico calor humano do nordestino. Para chegar até lá, fechamos um passeio privativo com a Luck Receptivo (R$ 1.080,00), que nos apanhou na hospedagem no Bessa, em João Pessoa, às 8h30 (depois soube que o melhor horário para aproveitar bastante seria antes das 8h). Já na rodovia BR-230, fizemos uma paradinha de 20 minutos para lanche e uso do banheiro na Tapiocaria do Irmão Firmino, cerca de uma hora e meia depois da saída da capital, passamos por Campina Grande e, finalmente, chegamos a Cabaceiras.

Chegando à cidade, já enxergamos seu grande marco: o letreiro da Roliúde Nordestina. É ponto obrigatório para tirarmos fotos nesse lugar mágico!


O primeiro local a ser visitado é o Museu Histórico de Cabaceiras, onde, além de um pouco da história da região, temos contato com a memorabilia das produções audiovisuais rodadas na cidade, como "Cinema, aspirina e urubus" (2005) e a série nacional "Cangaço novo" (2024), em exibição no streaming Prime Vídeo. São figurinos, equipamentos, cartazes e fotografias de diversos momentos das produções. Foi ali que conhecemos o "Xixi de Cabrita", um licor feito de aguardente, leite de cabra e baunilha, tão suave e gostoso que pode pegar desprevenido o biriteiro mais experiente. Foi criado para a Festa do Bode Rei, evento comemorativo da caprinocultura do Cariri paraibano que acontece todos os anos no início de junho, quase um abre alas para as festas juninas que pipocam por ali.


























Um passeio feito a pé nos leva aos locais onde foram gravadas as icônicas cenas de "O auto da compadecida", como a igreja na frente da qual ocorreu a "ressurreição" de Chicó e a padaria. Recomenda-se usar chapéu e protetor solar para enfrentar o calor.

Entre os pontos interessantes de Cabaceira, há o monumento ao Bode Rei e o "bode dos desejos", uma escultura do animal onde, reza a lenda, se você apalpar os testículos do bicho e realizar um pedido, ele se realizará. Claro que fizemos o registro fotográfico desse momento - eu, às gargalhadas, quase não consegui posar.

O LAJEDO

Encerrado o passeio em Cabaceiras, foi hora de conhecer o Lajedo de Pai Mateus, antes da entrada da cidade. É uma elevação datada de milhares de anos, com belas formações rochosas e pinturas ruprestes, recebendo esse nome por conta da história de um curandeiro chamado Mateus que teria por ali vivido séculos atrás.

Para chegar ao lajedo, precisamos passar pelo Hotel Fazenda Pai Mateus. Ali almoçamos e ficamos aguardando o momento de subir ao lugar (as saídas são em grupos e em horários determinados, tudo muito bem organizado). O ingresso é comprado no próprio restaurante, e custou cada um R$ 60 (abril/2024), e ainda em valor promocional (o normal é R$ 120, mas como nesse dia havia uma turma grande de estudantes que iria fazer o roteiro no mesmo horário, estenderam o benefício da meia entrada para nós - taí uma coisa que não acontece todo dia!). 

A experiência de visitar o Lajedo do Pai Mateus é única! Depois que o guia do local dá todas as explicações históricas e científicas, além das dicas de segurança para o passeio, a subida até o topo é muito tranquila e não exige tanto esforço físico, pois a estrutura não é muito íngreme. Uma vez lá em cima, conhecemos as formações rochosas de maior destaque, como a Pedra do Capacete, onde pai Mateus teria morado, e a Pedra do Sino, que ao ser golpeada com um objeto gera um som semelhante ao de um badalo.

A vista do topo do lajeado é gratificante, e a energia que emana daquela tranquilidade, daquele silêncio e de toda a beleza natural é algo que não se consegue exprimir em palavras, mas em sensações. Eu senti uma paz tão grande! Ficamos por ali cerca de 40 minutos, curtindo a paisagem belíssima.

Dizem que o melhor momento é o do por do sol, mas como tínhamos muita estrada pela frente de volta a João Pessoa - e muito engarrafamento por conta de obras de duplicação da rodovia BR-230 -, decidimos voltar antes que começasse a escurecer, e chegamos à hospedagem pouco antes das 20h. E assim acabou nosso gratificante dia de passeio a Cabaceiras. Um sonho realizado!

FUTURO

Claro que a experiência ainda não foi concluída, pois além do Lajedo de Pai Mateus, há outro chamado Saco de Lã, bem ao lado (antes era um complexo só, mas, segundo soubemos, um desentendimento entre os sócios causou a cisão do negócio, e agora cada um tem seu empreendimento). Para um bate e volta, fica difícil fazer os dois passeios, então esse, que promete ser tão belo e emocionante quanto o do Pai Mateus, ficará para nossa próxima visita.

Essa visita futura está inicialmente planejada para 2026, com um roteiro que começa em Juazeiro do Norte, no Ceará (outro sonho a ser realizado) e termina em João Pessoa, passando por Campina Grande e, claro, Cabaceiras!

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