Uma
das coisas que nos chamaram a atenção em Ilhéus foi a beleza de
suas praias do perímetro urbano: Praia dos Milionários –
de onde se pode assistir a decolagem dos aviões do aeroporto Jorge
Amado –,
Praia do Cristo (na qual há uma estátua de Cristo com 7 metros de
altura, erguida em meados da década de 1940), Praia do Sul –
praticamente ao lado da pousada onde ficamos - e Praia do Norte (esta
última mais propícia para a prática do surfe, em razão de suas
águas muito agitadas). Há alguns quiosques nos locais, mas nada que
comprometa o aspecto quase intocado da região –
não há calçadão ou ciclovias como nas outras cidades litorâneas.
Para
fora da área urbana, Ilhéus oferece opções diversas de passeios
que valem a pena cada centavo pago. Em razão do pouco tempo para
curtir a cidade –
apenas cinco dias -, foi difícil escolher por causa dos atrativos.
Optamos então por Camamu, ao norte do município. Ali, chega-se após
cerca de duas horas de viagem pela rodovia BR-101 (onde, em certa
altura, existe uma placa exigindo atenção dos condutores por ser
“travessia de cachaceiros”), embarca-se em uma escuna e pronto! É
só curtir a beleza das diversas ilhas existentes com suas praias de
águas verdes e relevo peculiar – contando ainda com o bom humor e
a ginga dos guias, sempre atenciosos e até cuidadosos com os
visitantes mais distraídos com horários.
Os
preços para a baixa temporada são muito atrativos – em média, um
passeio custa R$ 120 por pessoa, variando por conta do destino. De
Ilhéus é possível ir a Morro de São Paulo e Porto Seguro. A
empresa organizadora busca os turistas em seus respectivos hoteis no
horário combinado – geralmente bem cedo para evitar aquelas
correrias comuns em passeios organizados. Dá para se divertir
bastante e não é nada tedioso. Pelo contrário! É a oportunidade
para conhecer novas pessoas de todas as regiões e com todos os
sotaques possíveis.
Alugando-se
um carro no aeroporto –
ou fora dele -, é possível ir a diversos lugares fora da sede
municipal, contando para isso com o desejo de conhecer tudo e, claro,
um GPS. Foi assim que chegamos a Itacaré, onde ficamos na Praia da
Concha, bem ao norte de Ilhéus. Ali, um mirante natural permite uma
visão bela daquela região, que ainda possui um farol e guarda um ar
de intocabilidade em certos trechos.
Na
viagem, a parada é obrigatória em qualquer um dos dois mirantes ao
longo da Rodovia do Cacau – como chamam a BA-001, que liga Ilhéus
e Itacaré. É um local ótimo para fotografias do belo litoral
baiano, rendendo longos minutos de contemplação.
A
Praia do Sul acabou sendo nosso principal refúgio até o final da
viagem e depois de longos e divertidos dias de passeio. À noite, o
vento frio que vem do oceano não intimida quem gosta de caminhadas
iluminadas pelo luar. O Jardim Atlântico, bairro que concentra
hotéis e pousadas da cidade, se torna o melhor ponto para quem
procura tranquilidade.
Destino
pouco procurado por amazonenses, Ilhéus merece alguns dias para
visita e curtição. Por ser uma cidade em franco desenvolvimento mas
que não perdeu aquele ar pacato de vida no interior, vale a pena ser
conhecida e apreciada – como o suco de cacau de sabor marcante
servido nos restaurante da cidade.
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