Por William Gaspar
Fraco. Posso definir assim o filme “O cavaleiro solitário”, faroeste da
Disney estrelado por Johnny Depp e Armie Hammer.
Com tudo fraco, a não ser a duração, ele é um filme esquizofrênico, pouco engraçado em suas tentativas de auto-paródia e parece ser um
faroeste feito por pessoas que não entendem nada do gênero. O diretor Gore
Verbinski e seus roteiristas pegaram uma ideia promissora e colocaram uma bala
de prata na cabeça dela (já que não a usaram no filme).
Depois de acertar com sua paródia animada de faroeste, "Rango", Gore
Verbinski parece não ter mais munição. "O cavaleiro solitário" não tem nada
uniforme, além de oscilar e se debater o tempo todo enquanto tenta encontrar o
ritmo certo.
Isso sem falar do papel do Johnny Depp (de quem sou fã incontestável. Só
acho alguns papéis superestimados). Exageradamente pintado, ele tentou recriar
a fórmula de um certo capitão, mas não teve muito sucesso, apesar da atuação
boa. Depp se esforça para achar o tom, mas ele e Hammer não têm química.
Os vilões do filme também são fracos. Um ficando mole no decorrer da
trama e outro se mostrando um monstro educado. Nada que marque uma possível
franquia. Isso sem falar da participação de Helena Bonham
Carter. Só Deus sabe o que ela fazia neste filme, ou
quem ela era. Completamente desnecessária e posta em cenas disformes.
Resumindo, acho que o filme não vale o ingresso, o que explica o
fracasso nas bilheterias americanas. Para quem prefere conferir, o filme estreia
aqui em Manaus nesta sexta-feira (12). No mais, entre acertos e erros, dou nota
4.
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