quinta-feira, 11 de julho de 2013

Comentário: "O cavaleiro solitário" (The lone ranger, 2013)


Por William Gaspar

Fraco. Posso definir assim o filme “O cavaleiro solitário”, faroeste da Disney estrelado por Johnny Depp e Armie Hammer.

Com tudo fraco, a não ser a duração, ele é um filme esquizofrênico, pouco engraçado em suas tentativas de auto-paródia e parece ser um faroeste feito por pessoas que não entendem nada do gênero. O diretor Gore Verbinski e seus roteiristas pegaram uma ideia promissora e colocaram uma bala de prata na cabeça dela (já que não a usaram no filme).

Depois de acertar com sua paródia animada de faroeste, "Rango", Gore Verbinski parece não ter mais munição. "O cavaleiro solitário" não tem nada uniforme, além de oscilar e se debater o tempo todo enquanto tenta encontrar o ritmo certo.

Isso sem falar do papel do Johnny Depp (de quem sou fã incontestável. Só acho alguns papéis superestimados). Exageradamente pintado, ele tentou recriar a fórmula de um certo capitão, mas não teve muito sucesso, apesar da atuação boa. Depp se esforça para achar o tom, mas ele e Hammer não têm química.

Os vilões do filme também são fracos. Um ficando mole no decorrer da trama e outro se mostrando um monstro educado. Nada que marque uma possível franquia. Isso sem falar da participação de Helena Bonham Carter.  Só Deus sabe o que ela fazia neste filme, ou quem ela era. Completamente desnecessária e posta em cenas disformes.

Resumindo, acho que o filme não vale o ingresso, o que explica o fracasso nas bilheterias americanas. Para quem prefere conferir, o filme estreia aqui em Manaus nesta sexta-feira (12). No mais, entre acertos e erros, dou nota 4.

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