domingo, 1 de outubro de 2017

Ponto de vista: As melhores adaptações de Stephen King

Desde a primeira adaptação de "Carrie" (1976), a literatura de horror de Stephen King encontrou altos e baixos quando se trata de levar para as telas do cinema ou da televisão o universo sobrenatural de suas obras. O filme dirigido por Brian De Palma (insuperável em seu domínio técnico para narrar uma história de forma impactante) revelou uma mina de ouro nova no ramo do entretenimento, já tão repleto de adaptações de Bram Stoker e Mary Shelley, e ainda pouco explorando o universo dos zumbis de George Romero exposto na década anterior. Entretanto, poucos conseguiram transformar os personagens em carne e osso mantendo a história cativante.

Adaptar um livro de Stephen King não é muito fácil. Lawrence D. Cohen, roteirista de "Carrie", conseguiu a façanha de transformar satisfatoriamente em um enredo linear uma história não linear costurada por narrativas temporais diversas, fragmentos de livros escritos por personagens, notícias de jornais e relatórios de uma investigação sobre a tragédia da Noite do Baile. O livro é pequeno, comparado a outros como "A hora do vampiro" (hoje relançado como "Salem"), "O iluminado" e "Angústia" (relançado como "Louca obsessão"), lançados anos mais tarde, portanto pode até se dizer que foi "fácil" adaptá-lo e, com o talento de De Palma, transformar a primeira adaptação de King (de seu primeiro livro) em um clássico do cinema de terror. 

Outras obras do autor são mais complexas, repletas de detalhes necessários para que o leitor se envolva na atmosfera sobrenatural proposta pelo escritor. Daí algumas das suas adaptações (sobretudo aquelas feitas para a televisão como telefilmes ou minisséries) acabarem sendo cansativas e, consequentemente, se tornarem maçantes para o público. É o caso da adaptação de "A coisa" ("It - uma obra-prima do medo" - título, aliás, bem tosco), feita em 1990. Há coisas que funcionam nas páginas, mas nas telas o melhor é enxugar a história ao máximo.

A seguir, listo as melhores adaptações feitas de obras de Stephen King para o cinema ou televisão que eu assisti, em meu ponto de vista. Os filmes estão relacionados por ordem cronológica.
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(AVISO: PODE HAVER SPOILERS NO TEXTO)
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"Carrie, a estranha" (Carrie, 1976) - a história da adolescente Carrie White (Sissi Spacek), que sofre bullying na escola por ser reprimida pela mãe fanática religiosa Margareth (Piper Laurie), teve outras duas adaptações (uma para a TV e outra para o cinema) e uma sequência desnecessária. Entretanto, essa primeira versão se mantém imbatível como clássico. O roteiro conseguiu extrair o essencial da trama, até minimizando-a ao limitar a vingança de Carrie à Noite do Baile: no livro, a fúria da jovem telecinética atinge toda a cidade de Chamberlain, onde se passa a história, provocando uma grande destruição com centenas de mortos. Essa parte foi incluída na adaptação televisiva com Angela Bettis no papel principal (mas o final foi muito modificado) e não foi explorada na versão de 2013 que traz Grace Chloe Moretz como Carrie. A forma como a história é contada, usando as técnicas de slow motion (câmera lenta) e split screen (divisão da tela verticalmente para mostrar situações simultâneas) para aumentar a tensão das cenas, é mais um motivo para eu considerar essa uma adaptação insuperável.



"Os vampiros de Salem" (Salem´s Lot, 1979) - esse telefilme em duas partes, já disponível em DVD ou facilmente encontrada para download por torrent, também é uma boa adaptação que conseguiu transferir para as telas a atmosfera assustadora que tomou conta da cidadezinha de Jerusalem´s Lot (ou apenas Salem´s Lot) após a chegada do antiquário Richard Straker (James Mason), quando passam a ocorrer uma série de mortes e desaparecimentos. O escritor Ben Mears (David Soul) tenta investigar o mistério com sua amiga Susan (Bonnie Bedelia) e o adolescente Mark Petrie (Lance Kerwin) e descobre uma trama na qual a pequena cidade começa a ter seus habitantes transformados em vampiros pelo sinistro sr. Barlow. A direção é do saudoso Tobe Hooper. Em 2004, uma nova versão para a TV foi feita, com Rob Lowe no papel de Ben Mears e Donald Sutherland como Richard Straker, enquanto Rutger Hauer interpretou Barlow. No Brasil, foi exibido no canal HBO como "A mansão Marsten", referência à mansão onde Barlow e Striker se ocultam.



"O iluminado" (The shining, 1980) - Stephen King pode ter odiado, mas a adaptação dirigida por Stanley Kubrick conseguiu sintetizar em uma sequência de imagens belas, sutis e ao mesmo tempo assustadoras, aliadas ao talento do sensacional Jack Nicholson, a história do escritor Jack Torrance (Nicholson), que se isola com a esposa Wendy (Shelley Duvall) e o filho Danny (Danny Lloyd) no Overlook Hotel, onde irá trabalhar como zelador durante o inverno (quando o estabelecimento fica vazio) e tentar escrever seu livro. Entretanto, aparições começam a mexer com a sanidade de Jack, tornando-o gradualmente um perigo para sua própria família, enquanto o pequeno Danny tem visões confusas e desenvolve seus poderes sensitivos. O livro explora bem a relação de Jack com sua família, expondo os traumas de um contato abusivo, ajudando a criar o mistério sobre o fato de o hotel ser assombrado ou Jack ser um psicopata. O roteiro filmado por Kubrick conseguiu ser bem sucinto. Em 1997, o próprio King roteirizou uma versão para a televisão em forma de minissérie, lançada recentemente em DVD, mais fiel ao livro, com Steven Weber e Rebecca De Mornay nos papeis de Jack e Wendy. Achei um pouco cansativo, mas não deixa de ser interessante e vale a pena assistir.



"Christine" (Christine, 1983) - John Carpenter se tornou um de meus diretores favoritos desde "Halloween", de 1978, então seria injusto eu não listar "Christine" entre meus preferidos. Não é uma obra prima, na verdade, mas consegue ser uma versão competente da história do jovem Arnie Cunningham (Keith Gordon) e sua relação obsessiva com Christine, um velho e destruído Plymouth Fury que comprou de um estranho. Mesmo contra a vontade dos pais e com os conselhos de seu melhor amigo Dennis (John Stockwell), ele reconstrói o veículo e começa a mudar sua personalidade, aparentemente sob influência maligna do carro, no qual já aconteceram estranhas mortes no passado. A trilha sonora composta pelo próprio Carpenter, como em suas outras obras, pontua as cenas de suspense. Boa adaptação do volumoso livro.



"Na hora da zona morta" (The dead zone, 1983) - após um acidente de trânsito ao voltar da casa de sua namorada, o professor John Smith (Christopher Walken) fica em coma por cinco anos. Ao despertar, descobre que, além de sua namorada Sarah (Brooke Adams) ter seguido em frente e casado com outro, adquiriu o dom da premonição, que o leva a ajudar as pessoas mas também o torna assustador para muitos outros. Entretanto, ele vai se deparar com uma missão sinistra ao tentar deter um político em ascensão, Greg Stillson (Martin Sheen), cuja vitória no rumo da Casa Branca poderá acarretar uma tragédia de nível global. Dirigido por David Cronenberg, é uma das adaptações mais bem avaliadas por todos os admiradores de King. O talento de Walken e a narrativa dramática ajudam nesse resultado.



"Cujo" (Cujo, 1983) - Cujo é o nome de um dócil cão São Bernardo que é mordido por um morcego durante uma de suas brincadeiras no bosque de Castle Rock e adquire raiva. Aos poucos, o dócil cão desenvolve a doença e ameaça os humanos que se aproximam. A primeira vítima é seu dono, mas o ponto mais tenso do filme é quanto Donna Trenton (Dee Wallace) e seu filho Tad (Danny Pintauro) são encurralados por muitas horas pelo enorme animal dentro de um carro enguiçado na propriedade da família proprietária do cão. Na adaptação do livro dirigida por Lewis Teague, o final acabou sendo modificado, mas o resultado final não deixa a desejar. Não tem o elemento sobrenatural, o que torna a história ainda mais apavorante. O epílogo foi um dos mais assustadores que vi desde "Carrie".



"A incendiária" (Firestarter, 1984) - Depois de "E.T.", Drew Barrymore teve esse outro papel marcante como Charlie McGee, uma menina que pode atear fogo em tudo ao seu redor apenas com o poder da mente. Graças a essa condição, adquirida após seus pais Andy (David Keith) e Vicky (Heather Locklear) terem participado de experimentos secretos quando jovens, a criança é caçada por agentes do governo. Nessa perseguição, a mãe da menina é morta e um cruel assassino, Rainbird (George C. Scott), é colocado no encalço dos fugitivos, aproximando-se então da garota para conseguir sua confiança. É um filme menor e com roteiro muito enxuto em relação ao livro, mas vale como curiosidade.



"A colheita maldita" (Children of the corn, 1984) - Adaptado do conto "As crianças do milharal", integrante da coletânea "Sombras da noite", o filme mudou bastante o texto original, inclusive o final, que ficou menos, digamos, distópico. Em Gatlin, todos os adultos são assassinados em um dia pelas crianças e adolescentes, influenciados pelo maligno Isaac (John Franklin) e seu braço direito Malachai (Courtney Gains). Dias depois, o casal Vicky (Linda Hamilton) e Burt (Peter Horton) passa de carro pela estrada próximo a Gatlin e atropelam um  menino que fugia da cidade. Então o levam para lá na tentativa de encontrar seus pais, mas deparam com a estranha seita de Isaac, que prega o uso do sangue dos adultos como fertilizante para os milharais do lugar, onde uma criatura demoníaca é cultuada por todos. Dirigido por Fritz Kierch, o filme é interessante e ainda rendeu uma franquia com sete sequências, todas perfeitamente dispensáveis.



"A hora do lobisomem" (Silver bullet, 1985) - Na pequena cidade de Tarker´s Mill, algumas mortes bizarras começam a acontecer a cada ciclo da lua cheia. As vítimas aparecem terrivelmente mutiladas, e o jovem Marty (Corey Haim) está convencido de que um lobisomem está por trás dos assassinatos. Quando descobre a identidade humana do monstro, o menino, que é paraplégico, tem que correr contra o tempo com a ajuda de sua irmã Jane (Megan Follows) e do tio Red (Gary Busey) para deter a criatura, mas antes terá que convencê-los da realidade do perigo. No filme acaba sendo fácil descobrir a real identidade da criatura em uma cena de pesadelo do personagem reverendo Lowe (Everett McGill), mas a trama fica centrada na luta de Marty convencer os outros que suas suspeitas não são fantasiosas, o que é angustiante.



"Cemitério maldito" (Pet sematary, 1989) - Sem dúvida um dos livros mais assustadores de Stephen King e que se tornou um dos filmes mais badalados da década de 1980. Dirigido por Mary Lambert, a película é quase fiel à obra original, tendo apenas a exclusão de uns poucos personagens, como a esposa de Jud Crandall, Norma, o que em nada prejudicou o resultado. O jovem médico Louis Creed (Dale Midkiff) muda-se para uma casa na área rural de Ludlow, onde passará a trabalhar. Ele leva consigo sua esposa Rachel (Denise Crosby), a filha Ellie (Blaze Berdahl) e o pequeno Gage (Miko Hughes), além de Church, o gato da família. Lá ele conhece seu vizinho Judd Crandall (Fred Gwynne), com quem logo faz uma boa amizade e através do qual toma conhecimento da existência de um cemitério de animais nas proximidades e, mais além, de um antigo cemitério indígena micmac, que teria poderes de ressuscitar os mortos. Quando, em uma viagem da família sem Louis, o gato Church morre atropelado na rodovia movimentada que passa em frente à casa, Judd leva o médico até o cemitério micmac, onde sepulta o animal. Church volta no dia seguinte, mas diferente do que era: estranho, arredio e ameaçador. É então que Louis conhece a verdade sobre os poderes malignos do lugar e, apesar dos avisos de Judd e das aparições de um homem que morrera em seus braços no hospital, Victor Pascow (Brad Greenquist), ele vai se envolver com os perigos do lugar quando uma tragédia atinge sua vida. Apesar de não ser tão arrepiante quanto o livro, é um ótimo trabalho de Lambert, apesar de muitas críticas negativas na época. O filme teve uma sequência, que nunca tive interesse em conhecer - e continuo não tendo.



"Louca obsessão" (Misery, 1990) - Publicado no Brasil primeiro como "Angústia", pela série "Mestres do Horror e da Fantasia" da editora Francisco Alves, o livro é um dos que não trazem o sobrenatural, mas o terror real da loucura de fãs obcecados com seus ídolos. Dirigido por Rob Reiner, o filme é até "suave" se comparado com o texto original. Na história, o escritor Paul Sheldon (James Caan) sofre um acidente durante uma nevasca em uma rodovia. Inconsciente, é resgatado pela enfermeira Annie Wilkes (Kathy Bates, cuja interpretação magnífica lhe rendeu o primeiro de uma série de prêmios em outras produções nos anos seguintes), a qual se revela como sua "fã número um", pois adora sua série de livros cuja personagem principal é Misery Chastain. Entretanto, quando Annie descobre que Paul mata a personagem no último livro, destrói o original e o obriga sob ameaças a escrever uma nova obra protagonizada por Misery. Nesse inferno, ele percebe que a mulher é louca e o mantém prisioneiro, sem que ninguém saiba de seu paradeiro. Um dos momentos mais marcantes é quando Annie, achando que Paul, mesmo imobilizado sem poder andar por causa dos ferimentos do acidente, tentara fugir da casa, quebra seus pés com uma marreta. Suave: no livro, ela amputa um dos pés (a maneira como King narra é arrepiante) com um machado, e depois um dos dedos do escritor, como forma de pressioná-lo. Nesse festival de torturas, Paul começa a pensar desesperadamente em uma forma de escapar da loucura de sua fã. Imperdível!



"A metade negra" (The dark half, 1993) - Thad Beaumont (Timothy Hutton) escreve livros violentos sob o pseudônimo Gregory Stark, até o dia em que resolve "matar" seu alter ego para produzir outro tipo de literatura. Para isso, realiza um enterro simbólico de Stark. Porém, o lado sombrio do escritor se materializa e, em busca de vingança, Stark passa a matar as pessoas próximas a Thad, jogando sobre este as suspeitas dos crimes. Agora o escritor precisa encontrar uma forma de eliminar a ameaça criada por ele mesmo. Um dos livros mais originais e interessantes de Stephen King ganhou um tratamento bacana na direção de George Romero. O filme é pouco comentado, mas não deixa a desejar em emoção e violência. 



"A maldição" (Thinner, 1996) - O advogado obeso Billy Halleck (Robert John Burke) atropela e mata acidentalmente uma velha cigana em uma noite, enquanto dirigia e sua esposa Heidi (Lucinda Jenney) lhe fazia sexo oral, tirando sua concentração. Ele acaba sendo inocentado graças a influência de amigos, o que enfurece a comunidade cigana. O patriarca do grupo, Tadzu Lempke (Michael Constantine), toca o rosto de Billy na saída do tribunal, jogando sobre ele e os outros uma maldição. A partir daí o advogado começa a emagrecer, a princípio ficando satisfeito com seu novo físico, mas depois alarmado quando percebe que está literalmente secando. Ele passa a acreditar que foi vítima de uma maldição quando seus outros dois amigos morrem depois de degenerarem fisicamente, e começa uma guerra contra a comunidade cigana para reverter a praga. Esse filme é muito bacana, e os efeitos visuais da obesidade e magreza alarmante do personagem principal chamam a atenção. O final é uma terrível surpresa. Dirigido por Tom Holland.



"O aprendiz" (Apt pupil, 1998) - Adaptado do conto "Aluno inteligente", da coletânea "Quatro estações", é um filme pouco comentado também, mas muito interessante. Nessa adaptação, um jovem estudante, Todd Bowden (Brad Renfro) torna-se obcecado com o Holocausto após uma aula na escola. Tentando entender as motivações dos assassinatos, ele busca todas as fontes sobre o assunto, mas a oportunidade maior de compreender tudo surge quando descobre que um vizinho idoso, Kurt Dussander (Ian McKellen, genial!), é na verdade um criminoso nazista fugitivo. Ele passa então a chantageá-lo em troca de informações, obrigando-o a relembrar suas experiências nos campos de extermínio nazistas, mas essa relação acaba se tornando uma experiência cruel e degenerativa para o jovem. Um terror psicológico muito bom dirigido por Bryan Singer.



"O nevoeiro" (The mist, 2007) - Nessa adaptação do conto homônimo que abre a coletânea "Tripulação de esqueletos", o filme dirigido por Frank Darabont chamou a atenção pelo final surpreendente e cruel, diferente do texto original, que dividiu opiniões. Um dia após uma tempestade forte, um nevoeiro espesso vindo das montanhas atinge uma cidade, fazendo com que várias pessoas fiquem presas dentro de um supermercado aguardando que o fenômeno passe. Entre elas estão o pintor David Drayton (Thomas Jane) e seu filho Billy (Nathan Gramble), que haviam ido ao local comprar algumas coisas, enquanto a esposa ficava em casa. O nevoeiro não dissipa, e algumas pessoas que chegam apavoradas ao lugar falam sobre criaturas nele escondidas. Instala-se um clima de tensão no mercado, quando as tais criaturas, semelhantes a insetos mutantes gigantescos, tentam invadir o lugar para atacar as pessoas encurraladas. No conto, a origem do nevoeiro é apenas sugerida, mas no filme ele é mais explícito, vinculado a experiências militares que criaram um portal entre dimensões.



"It - A coisa" (It - chapter one, 2017) - A maior sensação de 2017 foi a primeira adaptação para o cinema do volumoso livro "A coisa", escrito por King em 1986. Antes, a obra havia sido adaptada para uma minissérie na televisão norte americana em 1990, que seguiu a estrutura do livro, com a mistura de momentos presentes e flashbacks. Naquela época, Tim Curry se destacou como o palhaço Pennywise, uma das formas com a qual a criatura devoradora de crianças de Derry se apresentava para aterrorizar o grupo dos Otários - seis meninos e uma menina -, os quais conseguem derrotar o monstro mas, 27 anos depois, adultos, retornam à cidade para um novo enfrentamento, quando novos assassinatos e desaparecimentos são registrados. Enquanto essa primeira versão pecou por ter um roteiro muito preso ao livro, a nova versão apostou em uma adaptação mais concisa e eficiente, além de dividir a história, sabiamente, em duas partes, sendo a primeira abrangendo a infância, no final da década de 1980, dos Otários Bill Denbrough (Jaeden Lieberher), cujo irmãozinho George é a primeira vítima de Pennywise (Bill Skarsgard), Richie Tozier (Finn Wolfhard, de "Stranger things"), Eddie Kappsbrak (Jack Dylan Grazier), Beverly Marsh (Sophia Lillis), Ben Hanscom (Jeremy Ray Taylor), Stanley Uris (Wyatt Oleff) e Mike Hanlon (Chasen Jacobs). Perseguidos na escola, principalmente pelo mau elemento Henry Bowers (Nicholas Hamilton), eles se tornam amigos e passam também a serem ameaçados por Pennywise. Resolvem então se unir para combater a criatura que mata crianças em Derry, percebendo que nenhum outro morador do lugar parece se importar com os assassinatos e desaparecimentos. A segunda parte do filme, com os Otários já adultos, está prevista para ser lançada em 2019. O livro, com mais de 1.100 páginas, mescla narrativas da infância do grupo em Derry, suas vidas já adultos, suas lembranças e fatos narrados por Mike Hanlon sobre o passado da cidade, que indicam que a Coisa existia ali e se alimentava havia séculos. A adaptação nessa primeira parte conseguiu ser eficiente. Esperemos que a segunda parte siga o mesmo caminho.



"Jogo perigoso" (Gerald´s game, 2017) - lançado recentemente pelo serviço de streaming Netflix, é mais uma boa adaptação do livro de King lançado em 1992, superando minha expectativa. A história é um terror psicológico em torno de Jess (Carla Gugino), esposa de Gerald (Bruce Greenwold). O casal resolve se isolar em uma casa de campo como forma de apimentar a relação aparentemente desgastada. Gerald inventa uma fantasia na qual prende Jessie à cama com algemas e finge ser um estranho que a seduz. Jess, entretanto, não gosta da atitude do marido e o repele, mas antes que Gerald a solte, ele sofre um enfarte e morre. A partir daí o filme mostra o desespero da esposa em conseguir se soltar, sofrendo vários delírios e alucinações, além de lembranças que explicam muitas situações de sua vida e transformam o incidente em uma alegoria de uma mulher que tenta se libertar também de um passado sombrio e de uma criatura que surge nas sombras carregando uma caixa contendo ossos humanos. Gostei muito da adaptação, mas confesso que foi um dos livros de King que menos me empolgou.


Um comentário:

  1. Adorei todos os comentários. Algumas adaptações ainda não assisti ["Jogo perigoso", "A Maldição"], outras preciso rever ["A Hora da Zona Morta"] e fiquei estimulado para conferir o novo "It" :)

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