Por William
Gaspar
“O
Hobbit - A Desolação de Smaug” possui
duas características básicas que o fazem incrivelmente superior ao primeiro
filme da trilogia. A primeira é ter um tema, no caso a ganância de todos os
personagens (não necessariamente por ouro). A segunda é a ação que, dessa vez, ficou
bem contextualizada na trama.
Outra
característica ótima é a presença de Légolas. Eu acreditei que “socar” o
personagem neste filme seria uma ideia estúpida. Porém, apesar de sua aparição
ser desnecessária e não acrescentar muito à trama, suas cenas são incrivelmente
agradáveis aos fãs.
Voltando ao
longa como um todo, a nova narrativa é muito mais sombria e menos cômica que a
de seu antecessor (qualquer comparação com “O Império Contra-Ataca” é válida).
Bilbo começa a realmente sentir a influência do Um Anel, Thorin ficando maluco,
Gandalf se metendo de propósito em uma armadilha sem noção e o Smeagol... ops,
nada de Gollum dessa vez.
Agora
focando um pouco no visual que Peter Jackson criou para esse filme, não posso
negar que os cenários são magníficos e deslumbrantes, mas o destaque fica para
Erebor. Efeitos visuais muito bem trabalhados e com detalhes incríveis. A
cidade sob a montanha é algo de encher os olhos.
“Item cinco, dragão destruidor ganancioso que
causa medo e angustia em qualquer um. Nota 10”. Smaug é com toda a certeza o
mais belo dragão já criado nas telas. Ele se move com peso e ameaça, é
ganancioso como só um humano seria, é esperto, rápido e vingativo. É realmente
a morte encarnada como ele mesmo afirma no final do filme (que inclusive deixa
qualquer um desesperado em ter que esperar até dezembro de 2014 para saber o
resto). Opa, minhas congratulações ao vozeirão do Benedict Cumberbatch, que
para quem não sabe também dubla o tal necromante.
No mais, o
filme realmente muito bom, a ponto de o espectador nem perceber as mais de duas
horas de duração, diferente de “Uma jornada inesperada”.
Um
parágrafo especial deve com certeza ser dedicado a Tauriel. Apesar de nem
existir realmente na trama, a atriz Evangeline Lilly criou uma Arwen mais
selvagem e sexy, a ponto de fazer o Légolas perder a compostura e mostrar
ciúmes. Adorei a personagem a as sua cenas de ação (e não é só pelas orelhas
pontudas dela).
* O autor é jornalista