segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Manaus merece isso?


Hoje é dia de comemorarmos os 342 anos de Manaus. A comemoração, no entanto, não pode se limitar ao Boi Manaus e ao espetáculo surreal da inauguração da ponte Rio Negro (palcos, shows e uma lista extensa de convidados "ilustres" - uma combinação que ainda não se ajustou bem em minha pobre cabeça).

Temos muitos motivos para comemorar e para refletir. A ponte Rio Negro, tão criticada (nem tanto pelas altas cifras de seu custo ou pelos aparentes erros em sua concepção estrutural - do qual a famosa "pracinha da avenida Brasil" foi o exemplo mais claro -, mas sim pela sua utilidade), é um momento novo de integração que vai facilitar a vida da população da Região Metropolitana. Iranduba, Manacapuru e Novo Airão, principalmente, deverão estar alertas para investir sobretudo em seus potenciais turísticos.


Na outra margem da ponte, já em Iranduba, quero vislumbrar uma orla bem cuidada. Nada daqueles inferninhos barulhentos e imundos que empestavam o Cacau Pirêra, aquilo, sim, uma vergonha que nunca recebeu um investimento decente e muito menos preocupação ambiental dos residentes. Sinceramente, merece desaparecer da maneira que estava. Mas nem tudo está perdido ali, porém isso é outra história.

Temos que comemorar o fato de Manaus estar "bem na fita" entre as demais capitais brasileiras. Hoje somos a nona (corrijam-me se estiver enganado) cidade mais populosa do País e uma das mais ricas. Há muitos investimentos surgindo na cidade em diversos ramos, mas sobretudo no imobiliário.

As comemorações, por enquanto, terminam aí. Hora de refletir sobre os problemas que temos e o que cada um está fazendo - ou não - para mudar o quadro. Nosso trânsito é péssimo. Temos um sistema viário que não comporta o fluxo da devida maneira - os "complexos viários" construídos acabaram não dando tanta vazão como deveriam a isso (sem contar que um dos primeiros, no cruzamento das avenidas Constantino Nery e Senador Álvaro Maia, não correspondeu ao projeto inicial e tem uma característica ímpar de possuir semáforo). Temos muitos carros, pouca educação no trânsito e irresponsabilidade para dar e vender. Para muitos motoristas, respeitar a sinalização, não entrar pela contramão (nem que seja rapidinho), estacionar somente nos lugares adequados, dar a vez a pedestres, ser cortês com outros motoristas, dirigir sem afobação... tudo isso parece soar como ofensa, como imoralidade, e mais vale o risco de pegar uma multa, atropelar alguém ou sofrer um acidente. Manaus merece isso?

Na parte ambiental (e nisso vou incluir a limpeza pública, pois há uma relação entre ambas), se por um lado temos bons exemplos como o Parque Senador Jefferson Peres, o Parque dos Bilhares e os postos de coleta seletiva, por outro temos o vandalismo e a falta de educação da população. Ontem, apanhei um ônibus para ir ao Manaus Plaza Shopping, e vi uma família (pai, mãe e filhinho) dentro do coletivo saboreando picolés. Eu imaginei o que viria a seguir: palitos e embalagens foram jogadas pela janela, em via pública, sem um pingo de remorso. Somente balancei a cabeça, pois pela própria forma de se expressar reconheci ali uma família para a qual viver na imundície era algo que pouco importava. E é assim que muitos manauenses pensam, infelizmente. Há lixeiras instaladas na cidade, mas a preguiça e a falta de conscientização são tão grandes que tais pessoas jogam lixo em qualquer lugar, pois, em sua visão distorcida de responsabilidades, sempre há alguém designado para fazer a limpeza. Esquecem-se de que os profissionais dessa área não são serviçais de cada um dos moradores, portanto não podem ficar atrás de cada porcalhão desses como um dono de cachorro que sai para passear com seu bichinho levando uma pazinha e um saquinho para recolher seus dejetos. Manaus merece isso?

Temos belas praias fluviais em nossa cidade e balneários agradáveis nas estradas e na zona rural da capital. Mas nem lá o vandalismo e a falta de educação ambiental deixam incólumes. Pior de tudo é ver que há conivência dos que exploram o lugar, que não tomam uma atitude mesmo quando cobram uma "taxa de manutenção". A Cachoeira do Leão, na rodovia AM-010, de acesso gratuito, é um exemplo. Muitos dos frequentadores jogam latas de bebidas e restos de comida ao longo do igarapé, mesmo havendo lixeiras instaladas em vários locais de fácil acesso. No quilômetro 12 da rodovia BR-174, uma taxa de R$ 5 é cobrada por veículo, mas onde a sujeira é jogada, lá permanece. Bela visão para turistas. Manaus merece isso?

Voltando aos parques, a iniciativa foi muito boa, pois Manaus carecia de espaços públicos. Praças foram reformadas, voltaram a ser pontos de reunião de famílias para passeios e programas leves. Mas ainda são atacadas pelos porcalhões e vândalos. Na extensão do Parque Jefferson Péres, no Bittencourt, alguns quiosques estão escancarados, um convite para a vagabundagem destruir ou usar para fins nada corretos. Por todos os lados, há garrafas, copos e outras coisas jogadas a apenas alguns metros das lixeiras instaladas. No Mestre Chico, a bela ponte de ferro ainda estava às escuras, pois pessoas sem caráter roubaram a iluminação e fica tudo por isso mesmo. O Parque Jefferson Péres escapa ainda um pouco do vandalismo porque é cercado, então os marginais têm que procurar outra freguesia ("um pouco" porque um dia desses, caminhando por lá, percebi que algumas luminárias mostravam pequenos danos, como se os vagabundos tivessem tentado arrancá-las). Assim deveria ser com os demais. Como podemos mostrar nosso patrimônio aos turistas se há descaso e depredação? Manaus merece isso?


Temos problemas como toda cidade, claro. Transporte público ruim e digno de suspeitas. Sujeira nas ruas. Falta de zelo com o patrimônio. Poluição. Estupidez. Vamos esquecer tudo no Boi Manaus? Melhor não. Ali também, com certeza, houve depredação, pois infelizmente festas assim também atraem o degrau mais baixo da escória humana - aqueles que não têm respeito pela vida dos outros, pelos direitos do próximo e pelo seu próprio patrimônio. Manaus merece isso? Você pode apostar que não!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Uma fiança paga uma vida?


Hoje pela manhã, assistindo ao canal Bandnews, me deparei com uma matéria sobre um elemento bêbado que atropelou várias pessoas em São Paulo. É o tipo de coisa que vem se tornando cada vez mais frequente. A reportagem citava casos em que o causador do acidente pagou fianças altas (de até R$ 300 mil), mesmo tendo causado a morte da vítima, para responder processo em liberdade. Preso certamente nunca será, ou em caso positivo, receberá um regime brando, pois é assim que funciona a Justiça brasileira quando o assunto é crimes de trânsito.

Mais além, a repórter falava sobre a recusa em motoristas de fazerem o exame do bafômetro. Outro absurdo! Ao questionar uma pessoa se ela se submeteria ao aparelho, a jornalista teve como resposta um sorridente "não" do entrevistado, pois, segundo ele, o fato de o carro ser equipado com air bag lhe dava mais chances de escapar em um acidente provocado pelo excesso de manguaça. "Mas e em caso de atropelamento?", indagou a repórter. "Ah, aí é só pagar fiança", respondeu o rapaz, sem tirar o sorriso estúpido do rosto.

Confesso que ao ouvir esse tipo de resposta, fiquei totalmente transtornado. Minha vontade era de pegar esse cidadão e trancá-lo em uma jaula pelo resto da vida, pois humano ele demonstrou que não era. Quer dizer então que tirar vidas agora virou brincadeira? Matou, pagou fiança (não importa qual valor, pois o criminoso dá seu jeito) e fica livre para aprontar de novo? E as famílias das vítimas, mortas ou sequeladas pelo resto da vida?

Ainda querem colocar o crime de trânsito como se fosse de menor potencial ofensivo. Para mim, deveria ser, sim, visto como homicídio doloso, pois o cidadão que se embriaga e pega no volante se torna um assassino. Depois do acidente, não adianta chorar sobre o sangue derramado. Infelizmente, como postei indignado no Facebook logo após ver a referida reportagem, a Justiça brasileira não muda porque no final das contas a canalhada que gosta de ter poder se beneficia de leis brandas, tanto para si quanto para os parasitas que os cercam. 

Motorista bêbado é sinônimo de assassino em potencial. Temos que botar isso na cabeça. O teste do bafômetro deve se tornar obrigatório! Condutores alcoolizados devem responder como autores de homicídio ou tentativa de homicídio, pois assim o pede o caráter de suas ações, pelo bem da sociedade brasileira. Por que nossa Justiça e as autoridades que fiscalizam o trânsito ignoram esses apelos? Qual a razão para haver tolerância com tantas barbaridades acontecendo em nossas ruas, com irresponsáveis ao volante matando e mutilando? Dava para ser enredo de um filme triste que poderia se chamar "Atropelou, matou e foi ao cinema"...

Nunca perdi um familiar ou amigo por conta da irresponsabilidade desses criminosos. Mas não quero esperar que isso aconteça (e espero nunca acontecer) para poder expressar minha revolta.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A TV sem cores

Jornalista realiza palestra em Manaus e lança livro analisando a abordagem da homossexualidade na mídia brasileira

Por César Augusto

O jornalista Irineu Ramos fará no próximo dia 20 de outubro uma palestra com o tema “Intolerância e preconceito: a ausência do amor”, no Teatro Direcional, no Manauara Shopping, às 19h. Na explanação, Ramos aborda a questão da intolerância e do preconceito relativos à homossexualidade, englobando a origem desses sentimentos nas questões sexual, étnica e religiosa. Além desse aspecto, Ramos pretende mostrar como o mundo é possível além do preconceito, como superar esse sentimento e o encontro da felicidade dentro de cada um.

O tema abordado por Irineu Ramos faz parte de uma série de trabalhos acadêmicos que ele apresenta em congressos e simpósios nacionais pela Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual  (Cads), órgão vinculado à Secretaria de Participação e Parceria da Prefeitura de São Paulo, no qual desenvolve trabalhos de capacitação nas questões de gênero, sexualidade, mídia e educação com professores da rede pública. 

A programação da palestra inclui ainda o lançamento em Manaus do livro “A TV no Armário  - A Identidade Gay nos programas e telejornais brasileiros” (Edições GLS, 134 páginas, R$ 34,90), com tarde de autógrafos no dia 21 na Livraria Valer do Centro (rua Ramos Ferreira), e no dia 28 na Saraiva Mega Store (Manauara Shopping). A obra é resultado de dois anos de pesquisas de Irineu Ramos e observação de programas da televisão brasileira sobre a retratação da comunidade LGBT brasileira, geralmente pejorativa. A base para seu trabalho foi o pensamento de Michel Foucault e noções da teoria queer, mostrando que a televisão brasileira transmite valores negativos, depreciativos e caricatos quanto aos homossexuais.

Para obter material para sua pesquisa, Ramos selecionou alguns programas de entretenimento, uma novela e os telejornais. “O maior trabalho foi analisar cada quadro em que a figura do gay aparecia, a abordagem que era dada e o que representava tudo aquilo. Como utilizei como chave de leitura a teoria queer, esbanjei com análises baseadas em Michel Foucault, entre outros autores”, conta.

Uma das observações feitas pelo jornalista é que, a cada novela realizada, o tratamento dado aos homossexuais tem menor carga de preconceito. No entanto, os personagens continuam na periferia da trama principal. “O que significa que o autor pode tirá-los de cena a qualquer momento e o telespectador nem vai perceber. Isso é uma forma de diminuir a importância das sexualidades desviantes. O centro da trama de todas as novelas ainda é permeada pela heteronormatividade”, aponta. Para confirmar a observação de Irineu, basta lembrar que, por conta da reação preconceituosa do público brasileiro, o casal de lésbicas interpretado por Silvia Pfeiffer e Christiane Torloni na telenovela “Torre de Babel” (TV Globo, 1998-99) foi convenientemente rifado da trama morrendo em uma explosão em um shopping center.

A telenovela “Insensato Coração”, de Gilberto Braga, recentemente exibida pela TV Globo, foi marcada por um discurso claramente antihomofóbico ao mostrar a violência contra homossexuais.  Na opinião do jornalista, a emissora é a que mais se compromete com o combate à homofobia, mostrando-a  em seus telejornais.  “As novelas estão avançando, mas a sociedade continua lá atrás com valores morais que não levam a lugar nenhum. Mas esta sociedade é quem consome os produtos da TV”, afirma. Em termos de respeito às diferenças, a pior rede é a Record, conforme Ramos. “É quase criminoso o que fazem na programação para dominar o telespectador e fazer deles cordeirinhos”, observa.

Após os personagens de “Insensato Coração”, outros homossexuais retratados na televisão foram o caricato Áureo (André Gonçalves, de “Morde  & Assopra”, recentemente encerrada) e Crô (Marcelo Serrado, em “Fina Estampa”, atualmente no ar). “O Crô é o tipo do gay que o telespectador gosta. Caricato e dócil. Não oferece nenhuma ameaça à tradicional família brasileira e ainda a alegra com micagens. Eu acho que depois de Insensato Coração, que contou com seis personagens gays, a TV Globo teve que dar uma recuada em virtude da pressão de alguns segmentos conservadores da sociedade. Crô é o reflexo disso”, analisa Ramos.

“Já o Áureo  seguiu o padrão caricato mas, no penúltimo capítulo, ele não só abandonou a noiva no altar como fugiu com o vaqueiro machão Josué (Joaquim Lopes) e, ainda, pegou carona com o sargento Xavier (Anderson di Rizzi) e a ‘pirulitona’ (Élcio/Elaine, interpretado por Otaviano Costa), outro casal gay formado com base caricata”, explica o jornalista. “Achei fantástico este encaminhamento, pois o autor fez uma transversal queer copiando um 'Priscila, a rainha do deserto'. Achei que foi uma boa saida para um período de pressão conservadora da sociedade”, acrescenta.

Essa visão é inclusive difícil de comparar com a produção televisiva norte-americana, segundo Ramos, porque o processo de conquistas da comunidade gay é bem diferente lá e aqui. Para ele, nos Estados Unidos a questão da identidade gay é muito forte. “Lá os gays se vêem gays e se posicionam”. No Brasil, ao contrário, o forte não é a identidade, e sim o comportamento. “Aqui, no geral, é grande o número de pessoas que têm comportamento gay mas não se acham gays”, explica. Nos EUA, séries são protagonizadas por casais homossexuais, como na série "Os assumidos" (exibida no Brasil pelo canal pago Cinemax de 2000 a 2005), ou as relações amorosas são mostradas de forma bastante natural, como em "Grey´s Anatomy" (atualmente em exibição pelo canal Sony).

Deboche – Um dos personagens homossexuais mais comentados atualmente é a transexual Valéria, interpretada por Rodrigo Sant´Ana no humorístico “Zorra Total”, da TV Globo. Caracterizada pelo visual extravagante, o quadro – no qual Valéria sempre encontra a amiga ingênua Janete (Thalita Carauta) no metrô, sobre quem não perde a oportunidade de destilar veneno – ganhou sucesso e tempo maior de exibição, popularizando bordões como “Ai, como eu tô bandida” e “Só no cutuque”.

Para Irineu Ramos, Valéria é uma personagem que reproduz exatamente o que a sociedade imagina que seja uma travesti ou transexual: uma caricatura sem alma. “No cotidiano estas identidades são muito mais maltratadas pela sociedade que as vê sem alma, em comparação com os gays. Sem alma significa que elas não têm sentimentos e, portanto, passíveis de deboche e risada”, analisa. “As pessoas precisam aprender que ninguém escolhe ser travesti e que, atrás daquela alegria, tem alguém que precisa pagar o aluguel, estudar, ir ao médico, sustentar familia... Isso a sociedade ainda não enxerga”, acrescenta.

Direitos - Do ponto de vista de análise teórica, o Brasil ainda vai demorar um pouco para garantir direitos iguais aos brasileiros. “Os gays vão continuar com menos direitos que os demais cidadãos,  porque temos um Congresso de costas para a modernidade e o respeito de seus cidadãos, invadido por frentes religiosas com discursos atrasados. Temos uma Justiça injusta e uma sociedade com pouca informação e baixa educação. Colocando tudo isso no liquidificador dá isso que vemos na TV: perseguição aos gays, maus tratos e outros”, afirma Ramos. “Mas, sem dúvida a TV melhorou muito em todos os aspectos. A tendência é que acompanhe o avanço do mundo... numa velocidade menor”, acrescenta.

O autor - Formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos),  pós-graduado em História pela instituição e mestre em Comunicação pela Universidade Paulista (Unip), o  jornalista Irineu Ramos também é membro do Centro de Estudos e Pesquisa em Comportamento e Sexualidade (CEPCoS), organização não governamental ligada às questões de gênero e sexo, e integra ainda o Grupo de Estudos “Estética, Mídia e Homocultura” da Universidade de São Paulo (USP).

(Foto: Divulgação)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Comentário: Ligações Perigosas (1988)


"Ligações Perigosas" (Dangerous Liaisons, 1988) é um dos filmes ambientados no século 18 mais espetaculares que já vi, notadamente pelas interpretações do trio Glenn Close, John Malkovich e Michelle Pfeiffer, cujos personagens protagonizam uma trama de traições e crueldades jamais imaginadas.

 
Baseado na obra de Choderlos de Laclos, escrita em forma de cartas trocadas entre os personagens, o filme mostra a pérfida relação entre a Marquesa de Merteuil (Glenn Close) e o Visconde de Valmont (Malkovich) na França do século 18. Ambos se dedicam a arruinar a reputação de pessoas inocentes, envolvendo-as em sua luxúria, colecionando amantes, traindo-os e abandonando-os, sem nenhum remorso.

 
Abandonada pelo marido, Merteuil resolve vingar-se de forma inusitada: pede a Valmont que seduza a jovem Cecile de Volanges (Uma Thurman, em sua estreia), noiva virgem do ex-marido da marquesa, e a deflore, para que seu desafeto se torne o escárnio de Paris. No entanto, Valmont tem outro alvo: Madame de Tourvel (Michelle Pfeiffer), virtuosa e fiel mulher que, afastada do marido temporariamente, se hospeda no castelo da tia de Valmont. Porém, Tourvel o evita, deixando escapar que já havia sido prevenida da péssima reputação do visconde. Quando Valmont descobre que a mãe de Cecile tem contado a sua vítima sobre sua conduta, resolve ajudar Merteuil na vingança planejada, pretendendo também se aproximar da mulher a quem tanto deseja. Mas nem tudo sai como planejado e as coisas acabam fugindo ao controle, porém para delírio de Merteuil, que enreda todos numa trama da qual pretende sair vitoriosa.

O romance de Laclos teve nova adaptação ambientada no século 20, com "Segundas Intenções", versão "teen" que ficou bem bacana, em minha opinião. Guardadas as devidas proporções, não fica muito a dever a esse original de Stephen Frears, realmente um marco do cinema da década de 1980.

VIAGEM: Cabaceiras, PB (06/04/2024)

Pela terceira vez viajei à Paraíba nas férias - e a primeira vez com meu marido Érico -, e essa foi a oportunidade de realizar um sonho, alé...